DO "THE INDEPENDENT"

Os membros da União Européia batalhavam ontem à noite para conciliar suas diferenças, enquanto se preparavam para diluir os planos de punir os países pobres que não cooperem com a Europa na batalha contra a imigração ilegal.
Confrontada por França e Suécia, a Espanha, que exerce a Presidência rotatória da UE, amenizou suas propostas, que previam até a suspensão de ajuda e acordos comerciais com os países de origem de imigrantes ilegais.
A discussão de uma política única para imigração pautou os dois dias da cúpula ocorrida de Sevilha. O desacordo na reunião foi uma derrota para o premiê britânico, Tony Blair, que pressionava a UE a usar seu poder econômico para conseguir uma redução no fluxo de imigração ilegal.
A Itália, do premiê Silvio Berlusconi, parecia a última grande aliada de Blair.
De acordo com os últimos rascunhos, o texto a ser aprovado hoje coloca a possibilidade da sanção econômica como o último recurso -poderia ser usado apenas depois de todos os procedimentos de todos os países-membros falharem.
Os planos de uma polícia única para as fronteiras da UE também acabaram diluídos em políticas de cooperação entre os países.
Os membros da UE tentam escapar das críticas de que estariam dando uma guinada muito forte para a direita, pressionados por eleições recentes que indicaram apoio a esse caminho.



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