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ORIENTE MÉDIO
Condição seria 48 horas sem atentados, diz chanceler israelense
Israel pode deixar Belém e Hebron
DA REDAÇÃO
O ministro das Relações Exteriores israelense, Shimon Peres,
disse que Israel está disposto a retirar as suas forças militares de
Hebron e de Belém, na Cisjordânia, caso não aconteçam atentados por um período de 48 horas.
A declaração foi dada ontem,
um dia depois de o chanceler se
reunir com Saeb Erekat, principal
negociador palestino, para estudar formas de amenizar a situação dos palestinos na Cisjordânia.
O Exército de Israel ocupa as
principais cidades da região desde
meados de junho, após onda de
atentados contra israelenses.
A retirada do Exército serviria
para testar a capacidade de a ANP
(Autoridade Nacional Palestina)
conseguir controlar a segurança
nas duas cidades palestinas.
Deportações
Autoridades israelenses afirmaram ontem que não será possível
deportar parentes de homens-bomba, a não ser que eles tenham
ligações com os atentados. A afirmação foi feita após críticas da comunidade internacional e parecer
do procurador-geral de Israel,
contrários à medida.
Na sexta-feira, o governo afirmou que estava considerando a
hipótese de deportar para a faixa
de Gaza 21 familiares de suicidas
palestinos da Cisjordânia que mataram 12 civis em atentados na semana passada.
A Anistia Internacional criticou
a possível medida, afirmando que
ela fere as leis internacionais. O
secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, disse "que a autodefesa de
Israel não justifica punições coletivas aos palestinos".
Até mesmo o governo dos EUA,
principal aliado de Israel, advertiu
os israelenses de que ninguém deve ser deportado apenas com base
em seus laços familiares.
Ontem o procurador-geral de
Israel, Elyakim Rubinstein, divulgou comunicado afirmando que
as deportações podem ser implementadas apenas se houver comprovação de vínculo dos parentes
com os atentados.
O governo israelense busca
sempre agir de acordo com a opinião legal do procurador-geral.
O grupo extremista Brigadas
dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao
Fatah (grupo político de Iasser
Arafat), ameaçou matar parentes
de políticos israelenses se as deportações forem implementadas.
Uma bomba explodiu ontem
sob um trem ferindo o maquinista ao sul de Tel Aviv. Nenhum
grupo assumiu a autoria.
Com agências internacionais
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