São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 2002

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Fraudes abalam Bolsas de Valores e economia global

DA REDAÇÃO

O primeiro efeito da quebra da WorldCom serão sentidos pelos seus 17.000 empregados que serão demitidos nos próximos dias e pelas empresas credoras da gigante das teles. Mas o impacto da maior concordata da história norte-americana vai muito além das companhias e pessoas que com ela faziam negócios.
Ao mentir nos seus balanços, inventando lucros fictícios, a empresa tornou ainda maior a crise de confiança que se abateu sobre as Bolsas norte-americanas.
A concordata da WorldCom é duas vezes maior que a da também fraudulenta Enron, que fora recorde em dezembro, e quatro vezes maior que a da Global Crossing, em janeiro.
Ao lado de outras duas dúzias de escândalos menores mas também significativos, tais quebras e fraudes levaram o investidor a fugir do mercado de ações, já abatido pela perspectiva de lucros menores das empresas americanas. Quanto menores os lucros, menor o rendimento e a tendência de alta do valor das ações.
Tal crise não se limitou aos Estados Unidos. Investidores estrangeiros tiraram dinheiro do mercado americano, o que derrubou o valor do dólar diante do euro e do iene e pode afetar as economias da Europa e Japão.


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