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DEFESA
Governo pretende reduzir número de soldados, navios, aviões e tanques
Reino Unido fará cortes militares
DA ASSOCIATED PRESS
O governo britânico anunciou
ontem uma reforma das Forças
Armadas. A medida vai cortar milhares de postos militares e aposentar navios, tanques e aviões.
O Ministério da Defesa disse
que as mudanças vão abrir caminho para a modernização de equipamentos e não irão afetar os
9.000 soldados que estão no Iraque. O ministro Geoff Hoon prometeu investimentos para tornar
as Forças Armadas mais avançadas em termos tecnológicos, de
forma a poder enfrentar as ameaças do terrorismo internacional e
de Estados autoritários.
De acordo com Hoon, as tropas
britânicas -atualmente presentes também no Afeganistão, na
Bósnia, em Serra Leoa e na Irlanda do Norte- precisam ser capazes de desenvolver "operações
múltiplas e simultâneas".
Pressões orçamentárias
O ministro da Defesa disse, no
Parlamento, que o Exército vai
perder nos próximos três anos
quatro batalhões de infantaria, sete esquadrões de tanques Challenger 2 e seis baterias de artilharia
pesada. Até 2007, a Marinha Real
perderá 12 navios, incluindo três
destróieres tipo-42, três fragatas
tipo-23 e três navios para desarmamento de minas. No mesmo
período, a Força Aérea ficará sem
quatro esquadrões e um campo
de pouso.
O efetivo da Força Aérea diminuirá de 48,5 mil para 41 mil até
2008, enquanto a Marinha encolherá de 37,5 mil para 36 mil e o
Exército, de 108 mil para 102 mil.
Segundo o governo, os cortes não
ocorrerão nas linhas de frente,
mas em "operações de apoio".
Hoon afirmou que o governo
investirá 3 bilhões de libras (cerca
de R$ 16,5 bilhões) na próxima
década na compra de novos helicópteros.
As reformas refletem as pressões orçamentárias que o Ministério da Defesa vem sofrendo. Na
semana passada, o ministro das
Finanças, Gordon Brown, concedeu um aumento de 1,4% no orçamento da Defesa, mas exigiu
cortes de 2,8 bilhões de libras na
encomenda de equipamentos e
em gastos de apoio até 2007-2008.
No começo do mês, uma comissão parlamentar lançou uma advertência contra a medida, argumentando que as forças britânicas já operam além de suas capacidades.
"Cortar o número de soldados,
navios ou aviões não é uma opção
sensata", disse Bruce George, da
Comissão de Defesa da Câmara
dos Comuns.
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