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Novos choques matam palestino
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Novos choques entre tropas israelenses e militantes palestinos
ocorreram ontem nos territórios
palestinos de Gaza e Cisjordânia,
ocupados por Israel desde 1967.
Na fronteira entre Israel e Líbano, o Exército israelense entrou
em choque contra guerrilheiros
que tentavam entrar no país, matando ao menos um deles.
Fontes médicas em Gaza afirmaram que um garoto palestino
de 15 anos morreu e pelo menos
50 palestinos ficaram feridos nos
choques ontem em vários pontos
da região.
Lideranças palestinas haviam
convocado um novo Dia da Ira
para marcar o início da cúpula
árabe, no Cairo.
Pelo menos 200 jovens palestinos lançaram pedras e bombas
incendiárias contra um posto militar israelense próximo à colônia
judaica de Gush Katif, perto da cidade palestina de Khan Younis,
na densamente povoada faixa de
Gaza.
"É uma mensagem para a reunião árabe e seus líderes para
nunca esquecerem o sangue de
nossos mártires", disse Ahmed,
17, pegando uma pedra no chão
para atirar contra o posto israelense em Gaza.
Um porta-voz do Exército israelense disse que os soldados usaram balas revestidas de borracha
contra os manifestantes que atiravam pedras e munição real contra
militantes palestinos que usaram
armas de fogo contra eles.
Cerca de 120 pessoas, quase todas palestinas ou árabes israelenses, morreram nos choques iniciados em 28 de setembro, dia em
que Ariel Sharon, líder do direitista Likud (maior partido da oposição israelense), visitou a disputada Esplanada das Mesquitas, em
Jerusalém Oriental, sagrada para
muçulmanos e judeus (que a chamam de Monte do Templo).
Acordo verbal de cessar-fogo
acertado na terça-feira no Egito
entre o premiê israelense, Ehud
Barak, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser
Arafat, com intermediação de
EUA, Egito, Jordânia e ONU, fracassou anteontem, quando violentos choques deixaram dez palestinos mortos.
Em Ramallah (Cisjordânia), palestinos trocaram disparos com
soldados israelenses após o funeral de um dos mortos da sexta-feira.
Em Hebron, palco frequente de
conflitos por causa da presença de
encraves judaicos no centro histórico da cidade palestina, estudantes atiraram bombas incendiárias
e pedras contra soldados israelenses, que responderam usando balas de borracha e bombas de gás.
Israel e palestinos se acusam pelo colapso do cessar-fogo. Barak
afirmou anteontem que suspenderá o processo de paz após a reunião de cúpula árabe no Cairo,
que termina hoje, se a violência
seguir nas áreas palestinas.
O premiê já convidou o Likud
para integrar um governo de
união nacional, no qual Sharon
teria cargo de destaque.
Um tanque israelense disparou
contra um campo vazio na cidade
palestina de Beit Jalla, na Cisjordânia, perto de Jerusalém.
Disparos feitos de Beit Jalla atingiram por três dias seguidos o
bairro judaico de Guilo, em Jerusalém Oriental.
Líbano
O Exército israelense disse que
usou mísseis, tanques e helicópteros contra uma tentativa de invasão de guerrilheiros vindos do Líbano, na noite de sexta-feira. Israel afirma que matou ao menos
um deles, mas que pode haver
mais mortos.
Fontes do Exército israelense
disseram que foram encontrados
no local dos choques grande
quantidade de alimentos e material para fabricação de explosivos,
o que poderia indicar que os guerrilheiros estariam planejando
atentados em Israel.
A milícia extremista libanesa
Hizbollah sequestrou três soldados israelenses na região no início
do mês. Mas o grupo xiita disse
ontem que não tinha ligação com
os combates na fronteira israelense-libanesa na noite de sexta.
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