São Paulo, segunda-feira, 22 de outubro de 2007

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Papa critica pretexto religioso à violência

Bento 16 almoça em Nápoles com dirigentes de outras religiões e dissocia a religião do ódio em política

DA REUTERS

O papa Bento 16 afirmou ontem em Nápoles que as lideranças religiosas- cristãs, judaicas e muçulmanas- devem trabalhar em conjunto para neutralizar o ódio que usa a religião como motivação e Deus como pretexto para a violência.
"Deparados com um mundo mergulhado em conflitos, em que a violência é ainda justificada em nome de Deus, é importante reiterar que a religião nunca poderia ser um veículo do ódio", afirmou. "A religião pode e deve oferecer recursos preciosos para construir uma humanidade de paz."
Bento 16 se endereçou a lideranças multiconfessionais reunidas em encontro sobre violência, religião e diálogo.
Há duas semanas, 130 professores universitários muçulmanos apelaram em favor da paz e da compreensão entre o islamismo e o cristianismo.
Embora não se referisse a esse documento, o papa disse que, "mesmo respeitando diferenças entre as diversas religiões, somos interpelados a trabalhar pela paz e por uma reconciliação entre os povos".
O papa participou de um almoço com líderes religiosos, entre eles o rabino-chefe de Israel, Yona Metzger, o dirigente dos cristãos ortodoxos, o patriarca ecumênico Bartolomeu, e com o anglicano arcebispo de Cantuária, Rowan Williams.

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