|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Plebiscito turco adota diretas para presidente
DA ASSOCIATED PRESS
O eleitorado turco decidiu ontem em plebiscito
que os futuros presidentes
serão eleitos por voto direto e não mais pelo Parlamento. Com mais de dois
terços dos votos apurados,
cerca de 70% apoiaram o
projeto de reforma eleitoral apresentado pelo governo de Ancara.
O clima da votação foi
afetado, dizem observadores, pelos confrontos na
madrugada do Exército
com separatistas curdos,
na fronteira com o Iraque.
A abstenção, de 45%, foi
bem mais alta que nas eleições legislativas de julho
último, quando apenas
20% dos turcos deixaram
de votar. Mas dois partidos políticos da oposição
que se opunham à reforma
lançaram um apelo para o
boicote do plebiscito, o
que em parte justifica a alta abstenção.
Laicos e muçulmanos
A votação de ontem
opunha a tradição laica,
interessada em não fortalecer sucessores do muçulmano Abdullah Gul,
atual ocupante da Presidência, e os partidários de
um islamismo prudente e
moderado, que queriam
um presidente de agora
em diante fortalecido pela
legitimidade das urnas.
O Parlamento de início
quis mudar em plenário a
legislação eleitoral, mas o
ex-presidente Ahmed
Necdet Sezer, ligado à tradição laica, vetou a manobra, forçando a convocação de um plebiscito.
Com a vitória dos islâmicos em julho, Gul foi
reeleito no mês seguinte
em eleição indireta. Com o
resultado do plebiscito de
ontem, os sucessores dele
disputarão a chefia de Estado pelo voto popular.
Texto Anterior: Turcos têm contratos de obras em todo o Curdistão iraquiano Próximo Texto: Rival de Hu Jintao deixa comando do PC Índice
|