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Forças americanas estão prontas, diz comandante
DA REDAÇÃO
As forças americanas na região
do Golfo já estão preparadas para
uma guerra contra o Iraque. Porém, se preciso, podem esperar
meses em estado de alerta, afirmou o chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas dos EUA, o general Richard Myers.
Na mesma entrevista, em Washington, Myers disse haver sinais
de inquietação entre importantes
autoridades do regime do ditador
Saddam Hussein.
"Estamos prontos agora. O regime iraquiano não deve ter dúvida
sobre isso", afirmou o general. Ele
acrescentou que as forças americanas podem permanecer por
meses na região, por meio de um
rodízio dos soldados, caso o presidente George W. Bush opte por
manter os canais diplomáticos
por mais algum tempo.
Para Myers, a mobilização das
tropas americanas no Golfo está
sendo satisfatória, mas preferiu
não entrar em detalhes.
O general disse ainda que os serviços de inteligência dos EUA têm
detectado indicações de "mal-estar" entre autoridades iraquianas
diante de um possível ataque
americano ao país.
"Há sinais de que algumas das
principais autoridades do regime
do ditador Saddam Hussein estão
inquietas com a situação. Mas são
apenas pistas", afirmou o chefe
das Forças Armadas.
Recusando-se a fornecer detalhes ou afirmar como Washington obteve essas pistas, o general
disse apenas que foram registrados pequenos movimentos de
tropas no Iraque, mas nada anormal e "nada que mostre que a hierarquia militar não esteja respeitando ordens".
Anteontem, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, havia dito que a pressão militar sobre
Bagdá já estava causando efeitos
no círculo de poder de Saddam.
O Pentágono afirmou ontem
que mais 20 mil membros da
Guarda Nacional e da reserva foram convocados, aumentando
para 78.906 o número de homens
mobilizados para uma possível
ofensiva contra o Iraque.
Assessores do secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, deram indicações de que mais soldados
podem ser enviados para o Golfo.
O porta-aviões USS Constellation já está operando na região. O
USS Harry Truman permanece
no mar Mediterrâneo. Dois outros porta-aviões devem seguir
para a região do Iraque nas próximas semanas.
Myers afirmou que ninguém
deve assumir a possibilidade de
que os EUA não iniciariam um
ataque em abril ou maio, pois temeriam os efeitos do verão na região, que começa em junho.
"Não. O clima não é um fator. Já
discutimos muito sobre isso",
afirmou o general americano.
Segundo ele, o combate pode
ser dificultado, especialmente se
os americanos tiverem de usar
roupas especiais que os protegem
de armas químicas ou biológicas,
mas o clima na região no meio do
ano não impedirá uma ação militar no Iraque, afirmou ele.
Com agências internacionais
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