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DIDATISMO
Saiba o que foi o conflito na Bósnia
DA REDAÇÃO
A guerra da Bósnia (1991-95) matou mais de 250 mil
pessoas, causou 3 milhões de
refugiados e foi o conflito
mais longo e sangrento em
território europeu desde a 2ª
Guerra Mundial (1939-45).
A Bósnia-Herzegóvina foi
República da Iugoslávia até
92, quando, na esteira do
desmantelamento do país,
declarou sua independência.
A população bósnia era
formada por 50% de muçulmanos, 35% de sérvios (cristãos ortodoxos) e 15% de
croatas (católicos). Sob o regime comunista, viviam em
aparente harmonia. Mas,
com a aproximação da independência, passaram a lutar
pelo domínio da região.
Com o apoio de Belgrado,
os sérvios cercaram a capital,
Sarajevo, e começam a promover uma "limpeza étnica"
contra os muçulmanos bósnios. A ONU impôs sanções
econômicas à Iugoslávia,
mas a guerra seguiu, com
atrocidades cometidas por
todas as partes envolvidas.
Estupros e assassinatos de
civis eram comuns.
Em 95, os sérvios da Bósnia deram ao então presidente da Sérvia (maior das
duas Repúblicas restantes na
Iugoslávia), Slobodan Milosevic, autoridade para negociar a paz em seu nome. O
então presidente dos EUA,
Bill Clinton, anunciou acordo de cessar-fogo em outubro, e os líderes em guerra
aceitaram conversar sob sua
mediação. Em novembro, os
presidentes de Bósnia, Croácia e Sérvia se reuniram em
Dayton, nos EUA, onde assinaram acordo para dividir
poderes e alcançar a paz.
O tribunal internacional
para julgar crimes de guerra
na ex-Iugoslávia foi criado
pela ONU em 1993. Entre os
indiciados pela corte, mas
ainda foragidos, estão Radovan Karadzic, o ex-presidente sérvio da Bósnia, e seu
chefe militar, Ratko Mladic,
além do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic.
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