São Paulo, sexta-feira, 23 de fevereiro de 2001

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DIDATISMO

Saiba o que foi o conflito na Bósnia

DA REDAÇÃO

A guerra da Bósnia (1991-95) matou mais de 250 mil pessoas, causou 3 milhões de refugiados e foi o conflito mais longo e sangrento em território europeu desde a 2ª Guerra Mundial (1939-45).
A Bósnia-Herzegóvina foi República da Iugoslávia até 92, quando, na esteira do desmantelamento do país, declarou sua independência.
A população bósnia era formada por 50% de muçulmanos, 35% de sérvios (cristãos ortodoxos) e 15% de croatas (católicos). Sob o regime comunista, viviam em aparente harmonia. Mas, com a aproximação da independência, passaram a lutar pelo domínio da região.
Com o apoio de Belgrado, os sérvios cercaram a capital, Sarajevo, e começam a promover uma "limpeza étnica" contra os muçulmanos bósnios. A ONU impôs sanções econômicas à Iugoslávia, mas a guerra seguiu, com atrocidades cometidas por todas as partes envolvidas. Estupros e assassinatos de civis eram comuns.
Em 95, os sérvios da Bósnia deram ao então presidente da Sérvia (maior das duas Repúblicas restantes na Iugoslávia), Slobodan Milosevic, autoridade para negociar a paz em seu nome. O então presidente dos EUA, Bill Clinton, anunciou acordo de cessar-fogo em outubro, e os líderes em guerra aceitaram conversar sob sua mediação. Em novembro, os presidentes de Bósnia, Croácia e Sérvia se reuniram em Dayton, nos EUA, onde assinaram acordo para dividir poderes e alcançar a paz.
O tribunal internacional para julgar crimes de guerra na ex-Iugoslávia foi criado pela ONU em 1993. Entre os indiciados pela corte, mas ainda foragidos, estão Radovan Karadzic, o ex-presidente sérvio da Bósnia, e seu chefe militar, Ratko Mladic, além do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic.


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