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COMPORTAMENTO
Pesquisa traz aspirações da classe média
Argentinos querem viver em uma sociedade com oportunidades iguais
CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES
Uma sociedade com igualdade
de oportunidades e que dê mais
valor à honestidade e ao esforço
pessoal. Eis as principais aspirações da classe média argentina,
segundo pesquisa divulgada ontem pela consultoria OPSM.
O levantamento, encomendado
pelo jornal "Clarín", aponta que
72,9% dos argentinos de classe
média querem uma sociedade em
que "todos tenham oportunidades iniciais iguais".
Para 49,9%, as pessoas devem
ser reconhecidas "pelo esforço
que realizam em suas tarefas", enquanto para 18,7%, o reconhecimento deve ser vinculado à formação profissional.
Questionados sobre que valores
desejariam que fossem privilegiados na sociedade, 50,5% apontaram a honestidade, aparecendo
empatados em segundo lugar a
justiça e a liberdade (25,1%). Foram ouvidas 1.100 pessoas em todo o país neste mês. A margem de
erro não foi divulgada.
Como reflexo da crise econômica, a classe média argentina caiu
de 60% da população, em 1962,
para 30%, em 1997, e para 20%,
em 2003.
Segundo o analista Rosendo
Fraga explicou ao "Clarín", um
em cada dez argentinos deixou de
pertencer à classe média entre os
anos de maior recessão (1997 a
2003). No entanto, no quesito cultural, essas pessoas mantiveram
valores referenciais da classe.
Para Fraga, isso explica por que
os entrevistados manifestaram
aspirações tradicionalmente típicas da classe baixa, como emprego e segurança, e, ao mesmo tempo, valores específicos da classe
média, como ética e educação.
De fato, os entrevistados apontaram as áreas de segurança
(32%) e saúde (25%) como as que
mais gostariam que fossem recuperadas.
Por outro lado, indagados sobre
qual seria o máximo desejo para o
futuro de seus filhos, 22,5% dos
entrevistados responderam "que
estudem" e 18% "que sejam honestos". Em terceiro lugar, 16,8%
manifestaram como desejo máximo que os filhos "consigam uma
renda salarial importante".
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