São Paulo, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AMÉRICA CENTRAL

Houve duros combates; acordo fracassa

Opositores atacam e, em seguida, deixam a segunda cidade do Haiti

DA REDAÇÃO

Depois de atacarem ontem Cabo Haitiano (norte), a segunda maior cidade do Haiti, e travarem violentos combates de rua, deixando três mortos, segundo testemunhas, as forças rebeldes contrárias ao presidente Jean-Bertrand Aristide deixaram a cidade em direção ao aeroporto. O presidente anunciou que está enviando reforços a Cabo Haitiano.
Segundo o diário "The New York Times", os rebeldes afirmaram que planejam entrar hoje na capital, Porto Príncipe.
"Houve tiroteio nas ruas de Cabo Haitiano", disse um porta-voz do Programa Mundial de Alimentação (ONU). Os moradores da cidade, de 500 mil habitantes, disseram que caminhões levando rebeldes cruzavam as ruas.
Cabo Haitiano está há duas semanas isolada, desde a rebelião que se iniciou em Goinaves, no dia 5, e se espalhou pelo norte do país, deixando mais de 60 mortos.
Rebeldes armados atacaram uma estação de polícia em Post-Cazeaux (20 km da capital), mas forças pró-Aristide conseguiram dominar a situação.

Missão de paz
O ataque a Cabo Haitiano ocorreu no dia seguinte a uma fracassada tentativa da missão de paz liderada pelos EUA de convencer os rebeldes a aceitar um acordo com o presidente Aristide.
O plano elaborado por EUA, Canadá, França, OEA (Organização dos Estados Americanos) e Caricom (grupo de países caribenhos) contempla a repartição de poderes -com a escolha de um primeiro-ministro- e o cumprimento do mandato de Aristide, que termina em 2006. Para a oposição, a renúncia de Aristide é a "única saída" para a crise.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Comportamento: Argentinos querem viver em uma sociedade com oportunidades iguais
Próximo Texto: Oriente Médio: Homem-bomba mata 8 em ônibus de Israel
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.