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AMÉRICA CENTRAL
Houve duros combates; acordo fracassa
Opositores atacam e, em seguida, deixam a segunda cidade do Haiti
DA REDAÇÃO
Depois de atacarem ontem Cabo Haitiano (norte), a segunda
maior cidade do Haiti, e travarem
violentos combates de rua, deixando três mortos, segundo testemunhas, as forças rebeldes contrárias ao presidente Jean-Bertrand Aristide deixaram a cidade
em direção ao aeroporto. O presidente anunciou que está enviando reforços a Cabo Haitiano.
Segundo o diário "The New
York Times", os rebeldes afirmaram que planejam entrar hoje na
capital, Porto Príncipe.
"Houve tiroteio nas ruas de Cabo Haitiano", disse um porta-voz
do Programa Mundial de Alimentação (ONU). Os moradores da
cidade, de 500 mil habitantes, disseram que caminhões levando rebeldes cruzavam as ruas.
Cabo Haitiano está há duas semanas isolada, desde a rebelião
que se iniciou em Goinaves, no
dia 5, e se espalhou pelo norte do
país, deixando mais de 60 mortos.
Rebeldes armados atacaram
uma estação de polícia em Post-Cazeaux (20 km da capital), mas
forças pró-Aristide conseguiram
dominar a situação.
Missão de paz
O ataque a Cabo Haitiano ocorreu no dia seguinte a uma fracassada tentativa da missão de paz liderada pelos EUA de convencer
os rebeldes a aceitar um acordo
com o presidente Aristide.
O plano elaborado por EUA,
Canadá, França, OEA (Organização dos Estados Americanos) e
Caricom (grupo de países caribenhos) contempla a repartição de
poderes -com a escolha de um
primeiro-ministro- e o cumprimento do mandato de Aristide,
que termina em 2006. Para a oposição, a renúncia de Aristide é a
"única saída" para a crise.
Com agências internacionais
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