|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MULTIMÍDIA
Imprensa européia reage com choque
DA REDAÇÃO
"Terremoto". Manchete dos
jornais franceses "le Figaro" e
"Les Echos", essa foi a palavra
mais usada pela imprensa européia para descrever a passagem de
Jean-Marie Le Pen, de extrema direita, para o segundo turno das
eleições presidenciais na França.
A capa do "Libération", de esquerda, foi usada como cartaz por
franceses protestando contra a vitória da extrema direita: sobre um
fundo preto e acima de uma foto
de Le Pen, um enorme "Não".
"A França, que até ontem dava
lições à Áustria de Haider ou à Itália de Berlusconi, hoje acordou de
ressaca", disse o "Le Monde".
No resto da Europa, a reação
também foi de surpresa. O espanhol "El País" deu manchete para
a "catastrófica" vitória de Le Pen.
Segundo o jornal, "a mensagem
de Chirac e de Jospin foi tão parecida que só os estudiosos podiam
distinguir entre as promessas de
um populista de direita e as de um
centro-esquerdista ortodoxo".
Em seu editorial, o inglês "The
Times" afirma que a vitória da extrema direita no primeiro turno é
uma "condenação das leis eleitorais" francesas: "A França só pode
culpar a si mesma se a escolha
agora é entre a direita e a extrema
direita. Os eleitores deveriam estar chocados com o que fizeram".
O italiano "Corriere della Sera"
enfatiza em seu editorial a derrota
de Lionel Jospin. Sob o título "O
funcionário que não conseguiu se
fazer amar", o diário descreve o
candidato de centro-esquerda como um homem a quem faltava
ambição pelo poder, e que se retirou da política como "um professor vaiado, ao fim de uma aula que os alunos não entenderam ou não apreciaram".
Texto Anterior: Comentário: Votação reflete desencanto com o establishment Próximo Texto: Ruas de Paris têm manifestações contínuas contra Le Pen e fascismo Índice
|