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GUERRA SEM FIM
Bagdá lança operação contra milícias sunitas pró-EUA
DA REDAÇÃO
O governo iraquiano, dominado por xiitas, lançou
uma campanha contra líderes tribais sunitas que no último ano e meio haviam se
aliado ao Exército americano no combate a terroristas
ligados à Al Qaeda. A aliança
entre os EUA e as lideranças
sunitas é tida como um dos
principais fatores na diminuição da violência que vem
sendo registrada desde 2007.
Pelo menos 650 mandados
de prisão foram lançados nas
últimas semanas contra as
milícias sunitas do movimento conhecido como
"Despertar" na Província de
Diyala, região a oeste de Bagdá que já foi o coração da insurgência sunita e vivia dias
de relativa calma.
Cinco dos maiores líderes
tribais da região já estão sob
custódia do governo central
-no qual os principais cargos são ocupados por xiitas,
que representam mais de
60% da população do país.
Bagdá alega que as forças
de segurança iraquianas já
estão suficientemente equipadas e treinadas para assumir o controle das áreas sunitas. Também existe o temor de que os militantes sunitas busquem atuar politicamente. Minoritários na
população iraquiana, os sunitas dominaram a política
local sob o regime de Saddam
Hussein (1979-2003).
Mas a operação preocupa
os EUA. A parceria com as lideranças sunitas remonta ao
final de 2006, quando o
Exército americano recrutou milicianos sunitas, por
cerca de US$ 10 por dia, para
ajudar a estabelecer a ordem
em áreas violentas e expulsar
de lá membros da Al Qaeda.
O caso deve acirrar o debate sobre o cronograma da saída americana do Iraque, ora
em discussão -Bagdá quer
uma retirada total até 2011.
Com "New York Times"
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