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ORIENTE MÉDIO
Intenção seria não atrapalhar planos de Bush
Israel evita retaliação militar por atentado suicida contra ônibus
DA REDAÇÃO
Israel evitou ontem uma ampla
retaliação militar ao atentado suicida palestino que matou pelo
menos 14 pessoas na segunda-feira. O primeiro-ministro Ariel
Sharon estaria adotando uma política mais cautelosa para não prejudicar os preparativos dos EUA
rumo a uma eventual guerra contra o Iraque.
Sharon não reuniu ontem seu
gabinete de segurança. O ministro do Interior de Israel, Eli Yishai, prometeu uma "resposta dura e precisa" contra o grupo extremista islâmico Jihad Islâmico,
que assumiu a autoria da ação
com carro-bomba conduzido por
dois terroristas suicidas contra
um ônibus em um cruzamento
próximo a Pardes Hanna, perto
da cidade de Hadera (norte de Israel).
Yishai disse que, se o Exército
retaliasse imediatamente, "causaríamos dificuldades aos americanos". Israel fez operações menores que as que costuma fazer após
atentados grandes, demolindo casas de supostos terroristas palestinos e entrando com tanques no
campo de refugiados de Rafah, na
faixa de Gaza.
O ministro da Defesa de Israel,
Binyamin Ben Eliezer, disse que o
país está ficando sem opções militares para combater os terroristas
suicidas e que talvez fosse o momento de iniciar discussões para
uma solução política. "Nosso inventário do que pode ser feito está
acabando", disse ele.
Com o conflito controlado, ficaria mais fácil para Washington
concentrar a sua política para o
Oriente Médio em seus planos de
derrubar o ditador iraquiano,
Saddam Hussein. Os EUA também obteriam apoio de países
árabes contra Bagdá mais facilmente se Israel restringisse suas
atividades contra os suicidas palestinos.
Washington pressiona Israel a
retirar tropas de regiões da Cisjordânia reocupadas na Intifada (levante palestino contra a ocupação
israelense, iniciado em setembro
de 2000).
William Burns, enviado americano à região, chega hoje a Israel.
Deve apresentar a autoridades israelenses e palestinas um plano
elaborado pelos EUA para o fim
da violência.
Ao menos 1.625 palestinos e 611
israelenses já morreram desde a
eclosão da Intifada, após o colapso das negociações de paz por um
acordo definitivo para as disputas
entre Israel e palestinos.
Apoio ao governo
Pesquisa divulgada ontem pelo
instituto Market Watch indica
que 49% dos israelenses apóiam o
governo. Segundo a pesquisa,
com uma margem de erro de 4,5
pontos percentuais para mais ou
para menos, 28% da população é
contra o governo. Dos 500 consultados, 23% não emitiram sua opinião.
Com agências internacionais
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