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ELEIÇÃO NOS EUA
Republicano evoca animais à espreita para dizer que rival é fraco; democrata compara presidente a avestruz
Bush usa até lobos em ataques a Kerry
DA REDAÇÃO
O presidente americano, George W. Bush, fez novos ataques ontem, em discurso e anúncio na
TV, questionando a capacidade
do senador democrata John Kerry
de comandar o país diante de
ameaças terroristas.
Em um comercial de TV, os republicanos sugeriram que os
EUA ficariam vulneráveis a ataques terroristas em um eventual
governo Kerry. "A fraqueza atrai
aqueles que esperam a oportunidade de atingir a América", diz
uma voz sobre imagens de lobos
vagando por uma floresta.
"Certamente, trata-se de uma
exploração do medo. O anúncio
constrói sua lógica em coisas que
[os republicanos] falam há meses", disse Darrell West, cientista
político da Universidade Brown
que estuda campanhas políticas.
Em comício para 12 mil pessoas
em Wilkes-Barre, Pensilvânia,
Bush chamou Kerry de fraco na
guerra ao terror e forte em impostos altos. "O resultado desta eleição vai definir a direção da guerra
contra o terror. E, na guerra, não
há lugar para confusão, nem alternativa para a vitória", disse o
presidente, que ainda tinha visitas
marcadas no dia a Ohio e Flórida.
Águia e avestruz
Os democratas reagiram rapidamente e responderam na mesma moeda, com a sua própria metáfora envolvendo animais. Com
imagens de uma águia em vôo e
um avestruz com a cabeça enfiada
na areia, o anúncio da campanha
de Kerry pergunta, ao som de música clássica: "A águia pode ver tudo a quilômetros de distância. O
avestruz? Não enxerga nada. A
águia sabe quando é hora de mudar o curso. O avestruz fica no
mesmo lugar. Nestes tempos de
desafios, não deveríamos ser novamente a águia?".
Em Milwaukee, Wisconsin,
Kerry prometeu apoiar as mulheres que trabalham e têm filhos se
chegar à Presidência. O candidato
afirmou que a combinação de planos para elevar o salário mínimo,
melhorar a educação e expandir o
seguro-saúde irá ajudar a luta das
mulheres que precisam sustentar
suas famílias. "Ninguém na Casa
Branca entende os desafios que
[as mulheres] enfrentam em seus
trabalhos e casas. Não importa o
quanto a situação piore, ninguém
na Casa Branca parece estar ouvindo", disse o democrata.
Duas pesquisas reveladas ontem apresentaram Bush na dianteira. A do jornal "Washington
Post" apontou o presidente com
51% e Kerry com 45% (margem
de erro de 3 pontos percentuais).
Na Reuters/Zogby, Bush tinha
47%, contra 45% para o democrata (margem de 2,9 pontos).
Com agências internacionais
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