Leia abaixo a íntegra da carta publicada pela ex-premiê Margaret Thatcher.
"Tenho muitas razões para lembrar que o Chile, sob o comando do general Augusto Pinochet, foi um amigo fiel de nosso país na Guerra das Falklands. Graças à sua ajuda, a guerra foi mais curta e assim foram salvas as vidas de muitos britânicos. Evidentemente, houve violações dos direitos humanos no Chile e atos de violência. Mas o povo chileno, após vários governos eleitos democraticamente, escolheu a maneira de como lidar com o passado.
Um dos aspectos essenciais desse processo foi o estatuto criado por Pinochet, e não cabe nem à Espanha nem ao Reino Unido nem a outro país intervir nos assuntos internos do Chile. Isso ocorreu para obter equilíbrios delicados e permitir a transição democrática, e estamos colocando-a em perigo.
O general Pinochet deve ser autorizado imediatamente a voltar a seu país. Na próxima semana, o Reino Unido receberá um líder democraticamente eleito de um país que invadiu ilegalmente um território britânico, provocando a perda de 250 vidas britânicas.
Seria vergonhoso pregar a reconciliação com um enquanto se mantém detido outro, que fez muito para salvar tantas vidas de britânicos."



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