São Paulo, sábado, 23 de novembro de 2002

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Concurso sofre boicote político

DA REDAÇÃO

Quatro candidatas do concurso de Miss Mundo -de Costa Rica, Dinamarca, Suíça e Panamá- estão boicotando o evento na Nigéria. Elas protestam contra recentes decisões de tribunais islâmicos que condenaram à morte por apedrejamento mulheres que tiveram filhos fora do casamento .
A candidata da África do Sul também não participa -segundo os organizadores, por causa de um "conflito de calendários".
Várias outras concorrentes ao título haviam ameaçado boicotar o concurso, mas desistiram depois que o governo disse que não permitiria os apedrejamentos.
A própria pivô do protesto, Amina Lawal, condenada à morte por ter tido uma filha fora do casamento, pediu que elas não boicotassem o evento em seu nome.

Concurso mantido
Apesar da violência em Kaduna, a porta-voz do concurso, Stella Din, disse que o evento não seria cancelado. "O show definitivamente vai continuar."
Ela afirmou ter ficado "triste" com as mortes desde quarta-feira, mas que a culpa não era do concurso. As 92 candidatas participantes estavam em segurança em seu hotel em Abuja, disse Din.
O presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, disse: "Essa violência é condenada por todas as autoridades. As candidatas não devem sentir que são a causa da violência. [Isso] pode acontecer quando um jornalismo irresponsável ataca o islã".


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