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Na 3ª crise política em um ano, rei belga aceita renúncia de premiê
Yves Leterme cai em meio a escândalo por venda de banco afetado pela crise financeira
DA REDAÇÃO
Após três dias de consultas, o
rei Alberto 2º, da Bélgica, aceitou a renúncia do premiê Yves
Leterme (democrata-cristão
flamengo), em meio ao escândalo do chamado "caso Fortis".
O pedido de renúncia, formalizado na sexta-feira passada,
ocorreu depois que o Tribunal
de Cassação considerou haver
indícios de que o governo Leterme tentou influenciar uma
juíza para que aprovasse a venda parcial do Fortis, um dos
maiores bancos da Bélgica e
dos mais afetados pela crise financeira internacional, ao
francês BNP Paribas.
Em um comunicado divulgado ontem, Leterme negou ter
interferido no caso, apesar de
admitir ter havido contatos entre seu chefe-de-gabinete e o
marido de uma das juízas responsáveis pelo caso.
Caberá aos cinco partidos da
coalizão governista buscar um
sucessor. O mais cotado é Jean-Luc Dehaene, premiê entre
1992 e 1999, que deverá liderar
um governo interino até junho
de 2009, quando serão realizadas novas eleições.
Para facilitar a formação do
novo governo e pôr fim à terceira crise política no país em cerca de um ano, o rei indicou o ex-premiê Wilfried Martens.
Leterme assumiu em março,
depois de nove meses de um
impasse provocado por divergências entre os grupos flamengo e valão. Ele chegou a pedir a renúncia em julho ao não
conseguir aprovar um plano
que daria mais poderes às duas
regiões, mas o rei rejeitou-a na
ocasião.
Com agências internacionais
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