São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 2008

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Na 3ª crise política em um ano, rei belga aceita renúncia de premiê

Yves Leterme cai em meio a escândalo por venda de banco afetado pela crise financeira

DA REDAÇÃO

Após três dias de consultas, o rei Alberto 2º, da Bélgica, aceitou a renúncia do premiê Yves Leterme (democrata-cristão flamengo), em meio ao escândalo do chamado "caso Fortis".
O pedido de renúncia, formalizado na sexta-feira passada, ocorreu depois que o Tribunal de Cassação considerou haver indícios de que o governo Leterme tentou influenciar uma juíza para que aprovasse a venda parcial do Fortis, um dos maiores bancos da Bélgica e dos mais afetados pela crise financeira internacional, ao francês BNP Paribas.
Em um comunicado divulgado ontem, Leterme negou ter interferido no caso, apesar de admitir ter havido contatos entre seu chefe-de-gabinete e o marido de uma das juízas responsáveis pelo caso.
Caberá aos cinco partidos da coalizão governista buscar um sucessor. O mais cotado é Jean-Luc Dehaene, premiê entre 1992 e 1999, que deverá liderar um governo interino até junho de 2009, quando serão realizadas novas eleições.
Para facilitar a formação do novo governo e pôr fim à terceira crise política no país em cerca de um ano, o rei indicou o ex-premiê Wilfried Martens.
Leterme assumiu em março, depois de nove meses de um impasse provocado por divergências entre os grupos flamengo e valão. Ele chegou a pedir a renúncia em julho ao não conseguir aprovar um plano que daria mais poderes às duas regiões, mas o rei rejeitou-a na ocasião.


Com agências internacionais


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