|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Israel culpa Síria e Irã por bombardeio; duas israelenses vítimas de atentado anteontem em Jerusalém morrem
Hizbollah volta a atacar posições israelenses no Golã
DA REDAÇÃO
O grupo extremista islâmico libanês Hizbollah disparou tiros de
morteiro contra posições militares israelenses na região das Fazendas de Chebaa, área fronteiriça entre Líbano, Israel e Síria, perto das colinas do Golã.
Foi o primeiro ataque do grupo
desde outubro. Autoridades israelenses afirmam que ninguém
foi ferido. Em retaliação, Israel
bombardeou as cercanias da vila
libanesa de Kfar Shouba. Não há
informações de vítimas.
O ataque do Hizbollah abre
uma nova frente de batalha para
Israel. O ministro da Defesa israelense, Benjamin Ben Eliezer, considerou os ataques muito graves e
afirmou que "nenhum tiro é disparado sem a aprovação da Síria e
sem o apoio do Irã".
O grupo libanês recebe apoio de
Teerã e Damasco. Em julho,
quando o grupo também atacou
militares israelenses na região, Israel retaliou bombardeando posições sírias dentro Líbano.
Considerado pela maior parte
dos libaneses como o principal
responsável pela retirada israelense do sul do país, em maio de
2000, o Hizbollah, que também é
partido político, diz que as Fazendas de Chebaa são do Líbano.
Porém a ONU considera a região como parte integrante das
colinas do Golã (território sírio,
sob ocupação israelense) e certificou a retirada israelense do Líbano. Um porta-voz do Exército de
Israel afirmou que seu país já
cumpriu a resolução 425 do Conselho de Segurança da ONU que
exigia a retirada do Líbano.
Afirmando ter novas provas de
que as Fazendas de Chebaa estariam em território libanês, não sírio, o xeque Nabil Kaouk, um dos
líderes do Hizbollah, disse na semana passada ao diário "The
Daily Star", de Beirute, que a fronteira entre o Líbano e Israel continuará sendo uma zona de "inquietude para o inimigo sionista".
Atentado
Duas mulheres morreram ontem, vítimas do atentado do dia
anterior no centro de Jerusalém,
reivindicado pelas Brigadas dos
Mártires de Al Aqsa, ligadas ao
Fatah (grupo político do líder palestino Iasser Arafat). O terrorista
palestino foi morto.
Ontem o grupo anunciou estar
disposto a decretar um cessar-fogo condicional. Nenhum ataque
será realizado, desde que Israel
pare de perseguir extremistas e
Arafat deixe prisão domiciliar. O
líder palestino está proibido por
Israel de sair de um prédio da Autoridade Nacional Palestina em
Ramallah (Cisjordânia) há seis
dias. Desde o início de dezembro,
Arafat não pode deixar a cidade.
O chanceler israelense, Shimon
Peres, afirmou em discurso no
Conselho da Europa, em Estrasburgo (França), para Arafat "acabar com o terrorismo, antes que o
terrorismo acabe com ele" e
acrescentou que são grupos armados palestinos estão ditando as
relações israelo-palestinas.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, telefonou para Arafat ontem e afirmou que ainda falta apontar um responsável pelo
episódio do navio carregado de
armas apreendido por Israel e pediu para o líder palestino controlar os grupos extremistas. Para
Washington, Arafat pode fazer
mais para diminuir o terrorismo.
Uma autoridade palestina, cujo
nome não foi divulgado, afirmou
ao diário israelense "Haaretz" que
Arafat não pode obrigar os extremistas a interromper os ataques
contra israelenses, enquanto Israel continuar "com uma arma
apontada para as nossas cabeças".
No Iraque, a agência de notícias
INA informou que Arafat enviou
mensagem ao ditador Saddam
Hussein pedindo ajuda.
Na faixa de Gaza, palestinos dispararam contra ônibus que levava
colonos judeus. Não houve vítimas. Ao menos 816 palestinos e
248 israelenses morreram desde a
eclosão da nova Intifada (levante
palestino contra a ocupação israelense), em setembro de 2000.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Destino dos presos ainda é incerto, diz governo Próximo Texto: Venezuela: Chávez e oposição medem força em Caracas Índice
|