São Paulo, quarta, 24 de março de 1999

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TERRORISMO
Preso confessou atentados a bomba
Cuba condena à morte salvadorenho

das agências internacionais

O Tribunal Provincial de Havana condenou o salvadorenho Raúl Ernesto Cruz León, 27, à pena de morte por "crime continuado de terrorismo". A pena é executada por pelotão de fuzilamento.
Cruz León confessou ser o autor de atentados a bomba em Havana ocorridos entre julho e setembro de 97. As bombas explodiram em cinco hotéis e um restaurante da capital cubana, deixando 11 feridos e causando a morte do turista italiano Fabio di Celmo.
A Promotoria de Justiça pediu também a pena de morte para outro salvadorenho, Otto René Rodríguez Llerena, acusado de um atentado a bomba em 1997 e de ter tentado contrabandear 1,5 kg de explosivos para o país.
O Tribunal Provincial é formado por cinco juízes -três togados (de carreira) e dois "leigos". Segundo o jornal do governo cubano "Granma", as sentenças de pena de morte têm de ser confirmadas pelo Supremo Tribunal de Cuba.
Mesmo confirmada pela instância superior, a sentença pode ser contestada perante o Conselho de Estado, presidido por Fidel Castro.
O governo de El Salvador, que não tem relações diplomáticas com Cuba, deve apelar, por meio de outros países, como México e Espanha, contra a condenação.
O Senado italiano disse que pedirá clemência ao governo cubano.
Cuba endureceu recentemente as penas por crimes comuns e contra dissidentes políticos. O governo teme uma escalada de violência e protestos no país.



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