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Oposição diz que medida é preconceituosa
DE MADRI
Para se adequar à nova legislação, o imigrante deve passar por
uma verdadeira maratona de
preenchimento de documentos,
provas verbais e testes.
A Lei de Estrangeiros, aprovada
em 23 de janeiro, é extensa e ainda
passa por discussões e alterações
propostas por partidos de oposição e movimentos sociais, que
classificaram a medida de arbitrária e preconceituosa. O ponto
mais questionado se refere à proibição de greves, manifestações ou
associações por imigrantes, que,
segundo os críticos, fere a liberdade de expressão.
Diante da pressão, o governo
cedeu em certos pontos. A lei será
mais flexível para os que apresentem um contrato de trabalho "regular e estável" ou que estejam em
situação de extremo perigo em
seu país. Mas só isso não garante a
regularização.
A lei também estabelece exigências como a obrigatoriedade de o
imigrante ter um seguro médico
próprio, que cubra eventuais acidentes de trabalho e doenças.
Isso já elimina as possibilidades
de um grande número de imigrantes africanos, que geralmente
chegam ao país em barcos, por
meio do Estreito de Gibraltar, e
em situação de extrema pobreza.
O imigrante deverá ainda passar por provas orais, a fim de estabelecer sua capacidade de adaptação à sociedade espanhola. Entre
os pontos considerados, estão a
intenção de residir no país por ao
menos três anos, a incorporação
potencial ao mercado de trabalho
e os vínculos familiares com espanhóis ou estrangeiros residentes.
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