São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2004

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CRISE NUCLEAR

Pela primeira vez, governo Bush admite ceder

EUA mudam e sugerem negociar incentivos para a Coréia do Norte

DA REUTERS, EM PEQUIM

Os EUA mudaram o discurso e prometeram estudar incentivos e garantias de segurança à Coréia do Norte, em troca da desmontagem de seu programa de armas nucleares em três meses.
A proposta, apresentada em Pequim durante reunião que incluiu Coréia do Sul, Japão, China e Rússia, representa o primeiro gesto positivo significativo e detalhado dos EUA à Coréia do Norte desde que o presidente George W. Bush assumiu o poder, em 2001. Em 2002, Bush declarou que a Coréia do Norte era parte de um "eixo do mal", ao lado do Irã e do Iraque.
Os norte-coreanos não responderam oficialmente à proposta. Na abertura das negociações, o secretário-assistente de Estado dos EUA, James Kelly, declarou que seu país está pronto para iniciar discussões sérias.
A Coréia do Norte teria de concordar com a meta americana de desmantelamento permanente de seus programas. Mas, disseram representantes do Departamento de Estado em Washington, a proposta discute, pela primeira vez, quais as vantagens que poderiam advir para a Coréia do Norte se ela avançasse em direção a essa meta.
A Coréia do Norte poderia ser premiada com o fornecimento de combustíveis pesados. Os EUA também analisariam as atuais sanções ao país e estudariam suas necessidades energéticas. Kelly negou que os EUA tenham intenções hostis.
"O lado americano acha que já é hora de avançar", disse ele. "Não estamos interessados numa solução parcial." Para Kelly, os EUA não condicionaram a ajuda à Coréia do Norte a uma colaboração antecipada.


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