|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TERROR
Oferta visa simpatizantes de baixo escalão do grupo
Sauditas propõem anistia a membros da Al Qaeda sem "sangue nas mãos"
DA REDAÇÃO
A Arábia Saudita ofereceu aos
membros da rede terrorista Al
Qaeda não diretamente envolvidos nos ataques e nas mortes recentes no país a chance de uma
anistia, mas disse que os que têm
as mãos sujas de sangue serão tratados com dureza.
"Aqueles que se renderem por
vontade própria em até um mês a
partir de hoje serão tratados de
acordo com a lei de Deus", disse
na TV o governante de fato do
país, o príncipe-herdeiro Abdullah. "Os membros desse grupo
que não foram presos em operações terroristas têm a chance de
voltar a Deus."
As autoridades vêm repetindo
que a lei islâmica, ou sharia, vigente no reino autoriza o tratamento complacente aos que se
entregam por conta própria.
Uma fonte das forças de segurança disse que a mensagem pretende chamar os simpatizantes de
baixo escalão da Al Qaeda "de
volta ao rebanho" antes de cometerem atos de violência. Mas, continuou, os militantes envolvidos
nos ataques dos últimos meses
-dirigidos contra instituições
governamentais e trabalhadores
estrangeiros vitais à economia
saudita- não poderão escapar
de serem julgados pelos tribunais
da sharia, que prevê a execução de
assassinos pela decapitação.
Ao menos 85 civis e policiais foram mortos na Arábia Saudita pelos terroristas da Al Qaeda, responsável pelos ataques do 11 de
Setembro e liderada pelo saudita
Osama bin Laden. Abdullah disse
que aqueles que não se renderem
vão enfrentar "o poder implacável e a determinação inabalável"
do Estado.
Na sexta-feira, forças de segurança mataram o líder da Al Qaeda no país, Abdulaziz al Muqrin, e
três outros membros de alto nível
da rede, horas depois de eles terem decapitado o refém americano Paul Johnson. Mais tarde,
anunciaram a prisão de mais 12
suspeitos, entre eles alguns dos 26
mais procurados no reino.
A Al Qaeda, que há um ano vem
travando no país uma campanha
de violência que tem como alvos
cidadãos ocidentais, prédios do
governo e funcionários da indústria petrolífera, jurou levar adiante sua campanha para expulsar os
estrangeiros do berço do islã e para derrubar a família real saudita,
a Casa de Saud.
Com agências internacionais
Texto Anterior: ONU: Washington desiste de imunidade para soldados em corte internacional Próximo Texto: Saúde: Dieta sem carboidrato eleva risco de doenças Índice
|