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São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2003

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IGREJA

Acusação contra arquidiocese não é encaminhada

Relatório da Justiça diz que 800 sofreram abuso sexual em Boston

DA REDAÇÃO

Cerca de 800 pessoas relataram ter sofrido, quando eram crianças, abuso sexual na Arquidiocese de Boston desde 1940, segundo relatório divulgado ontem pela Procuradoria de Massachusetts.
Num texto de 76 páginas, o procurador-geral do Estado, Tom Reilly, criticou a Igreja Católica local por sua "enganosa devoção à discrição", mas não encaminhou nenhuma acusação formal. Reilly chamou o escândalo de "incrível".
A investigação de 16 meses conduzida pelo procurador-geral não conseguiu reunir evidências suficientes para uma acusação criminal contra a arquidiocese ou contra o cardeal Bernard Law, que renunciou ao cargo de arcebispo de Boston no ano passado.
O cardeal renunciou depois que documentos mostraram que ele e outros ex-responsáveis pela arquidiocese deixaram em suas paróquias pedófilos que já haviam sido descobertos ou os transferiram para outras regiões.
A arquidiocese decidiu acabar com a cultura da discrição, mas o relatório de Reilly exigiu "um sério e profundo estudo antes que qualquer resposta seja dada".
Em comunicado, a igreja local reafirmou que o tratamento de casos com discrição está encerrado. "A Arquidiocese de Boston reitera o compromisso de tratar abuso sexual de criança como uma questão criminal, o que acabará com a cultura da discrição no tratamento dos problemas."
O escândalo em Boston fez com que surgissem casos em outros locais. Em Nova York, o reverendo Lawrence Inzeo foi suspenso ontem, acusado de abusar de uma criança há cerca de 20 anos.


Com agências internacionais


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