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IGREJA
Acusação contra arquidiocese não é encaminhada
Relatório da Justiça diz que 800 sofreram abuso sexual em Boston
DA REDAÇÃO
Cerca de 800 pessoas relataram
ter sofrido, quando eram crianças, abuso sexual na Arquidiocese
de Boston desde 1940, segundo
relatório divulgado ontem pela
Procuradoria de Massachusetts.
Num texto de 76 páginas, o procurador-geral do Estado, Tom
Reilly, criticou a Igreja Católica local por sua "enganosa devoção à
discrição", mas não encaminhou
nenhuma acusação formal. Reilly
chamou o escândalo de "incrível".
A investigação de 16 meses conduzida pelo procurador-geral não
conseguiu reunir evidências suficientes para uma acusação criminal contra a arquidiocese ou contra o cardeal Bernard Law, que renunciou ao cargo de arcebispo de Boston no ano passado.
O cardeal renunciou depois que
documentos mostraram que ele e
outros ex-responsáveis pela arquidiocese deixaram em suas paróquias pedófilos que já haviam
sido descobertos ou os transferiram para outras regiões.
A arquidiocese decidiu acabar
com a cultura da discrição, mas o
relatório de Reilly exigiu "um sério e profundo estudo antes que
qualquer resposta seja dada".
Em comunicado, a igreja local
reafirmou que o tratamento de
casos com discrição está encerrado. "A Arquidiocese de Boston
reitera o compromisso de tratar
abuso sexual de criança como
uma questão criminal, o que acabará com a cultura da discrição
no tratamento dos problemas."
O escândalo em Boston fez com
que surgissem casos em outros locais. Em Nova York, o reverendo
Lawrence Inzeo foi suspenso ontem, acusado de abusar de uma
criança há cerca de 20 anos.
Com agências internacionais
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