DE WASHINGTON

Mais de 70 empresas contempladas com contratos de US$ 8 bilhões para reconstruir o Iraque e o Afeganistão, invadidos pelos EUA de George W. Bush figuram entre os principais doadores de campanhas eleitorais do republicano.
Os dez maiores contratos nos dois países foram repassados a empresas que têm ou já tiveram presidentes e diretores que hoje fazem parte do governo dos EUA ou das hostes republicanas no Congresso americano.
Bush é sempre lembrado por ter entre seus maiores doadores a Enron, empresa de energia que gerou um dos maiores escândalos corporativos nos EUA logo no início de seu mandato.
Mas a miríade de negócios relacionados à Casa Branca envolveu principalmente o dinheiro grosso despejado no Iraque e no Afeganistão, segundo estudo do CIP (Centro por Integridade Pública).
O maior contrato no Iraque, de US$ 2,3 bilhões e alvo de inúmeras investigações, foi repassado a uma subsidiária da Halliburton, empresa comandada pelo vice-presidente Dick Cheney até 2000.
O segundo maior contrato individual, dado à empresa de engenharia e transportes Bechtel, somou US$ 1,03 bilhão. O vice-presidente da companhia, Jack Sheehan, é membro do Conselho de Defesa do Pentágono.
""Os membros de empresas que venceram contratos tem uma espécie de porta giratória no atual governo", diz Charles Lewis, diretor do CIP. Além de Cheney, Bush tem em seu gabinete outros membros da ""América corporativa".
A assessora para Segurança Nacional, Condoleezza Rice, por exemplo, trabalhou três anos na década de 90 para a Chevron Oil, que faz parte de um dos setores mais lucrativos nos anos Bush.
O secretário de Estado, Colin Powell, foi da direção da AOL (America Online). Em 2003, após fusão com a Time Warner (2000), o grupo recebeu decisões favoráveis da Comissão Federal de Comunicação, cujo chefe é Michael Powell, filho do secretário.(FCz)

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