São Paulo, quarta-feira, 24 de novembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÁSIA

Estrangeiros eram mantidos em cativeiro há 4 semanas

Funcionários da ONU seqüestrados são soltos na capital do Afeganistão

DA REDAÇÃO

Três funcionários da ONU seqüestrados há quatro semanas no Afeganistão foram soltos ontem.
A responsabilidade pelo seqüestro foi assumida por terroristas ligados à milícia extremista Taleban, que estaria adotando táticas de insurgentes iraquianos. Autoridades afegãs, contudo, afirmaram suspeitar de um grupo criminoso, que teria seqüestrado os estrangeiros por dinheiro.
O ministro do Interior afegão, Ali Ahmad Jalali, disse ser "possível" que o Jaish al Muslimeen (exército de muçulmanos) tenha contratado criminosos para capturar os três. O grupo exigira que prisioneiros fossem libertados.
O Afeganistão declarou que Annetta Flanigan, da Irlanda do Norte, o diplomata filipino Angelo Nayan e a kosovar Shqipe Hebibi foram libertados pelos seus captores na capital afegã, Cabul, no início da manhã de ontem.
Após médicos de uma base da Otan (aliança militar ocidental) os examinarem, os três telefonaram para os seus parentes, afirmou um porta-voz da ONU.
Os três estrangeiros foram seqüestrados quando estavam em carro da ONU em uma rua movimentada de Cabul, em 28 de outubro. O seqüestro deles foi o primeiro na capital afegã desde a queda do Taleban, há três anos.
Syed Khalid, porta-voz dos terroristas, disse que a libertação dos estrangeiros ocorreu após o grupo ter recebido informações seguras de que 24 de seus membros seriam soltos. Mas, segundo Jalali, nenhum prisioneiro foi solto e nenhum resgate foi pago ao grupo.
Porém o Ministério do Interior afegão negou que tenha havido negociação para a troca dos seqüestrados por prisioneiros.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Análise: População e capacidade de mobilização serão decisivas
Próximo Texto: Eleições: Tony Blair lança campanha centrada em crime e terror
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.