São Paulo, quarta-feira, 24 de novembro de 2004

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IRAQUE SOB TUTELA

Comunicado é divulgado no fim de reunião internacional no Egito

Chanceleres pedem diálogo no Iraque

DA REDAÇÃO

A conferência internacional sobre o futuro do Iraque terminou ontem no Egito com um pedido conjunto dos países presentes para que o governo interino iraquiano busque um diálogo com os grupos opositores, buscando que o maior número de pessoas possa participar das eleições gerais de 30 de janeiro.
De acordo com o comunicado conjunto divulgado por EUA, União Européia, China, Japão e países do Oriente Médio, o governo iraquiano deve convocar os grupos políticos e líderes da sociedade civil antes da eleição "com uma visão que busque ampliar a participação" no pleito.
Em declarações feitas no início do dia em Sharm el Sheikh, no mar Vermelho, chanceleres disseram que uma ampla participação na eleição é a saída para a reconciliação no Iraque, onde insurgentes estão alimentando uma guerra contra os EUA e os britânicos.
Alguns grupos sunitas ameaçam boicotar a eleição. O temor é que a maioria xiita -que era oprimida por Saddam Hussein- controle o governo após a eleição.

Nova ofensiva
Cerca de 5.000 marines, auxiliados por soldados britânicos e comandos iraquianos, lançaram uma série de ataques e prenderam insurgentes ontem em uma nova ofensiva, desta vez contra um bastião rebelde ao sul de Bagdá que está sendo chamado de "triângulo da morte".
A nova ofensiva é a terceira operação militar de larga escala neste mês que visa eliminar focos da insurgência antes das eleições.
A região da ofensiva é composta por pequenas cidades ao sul da capital e ficou conhecida como "triângulo da morte" pelos constantes ataques de carros-bomba, de mísseis e de homens armados contra forças iraquianas e americanas. Emboscadas contra viajantes também são comuns na área.
Autoridades militares americanas disseram que a violência eclodiu na área nas últimas semanas em uma aparente tentativa de desviar a atenção dos ataques dos EUA contra Fallujah. Até agora, na nova ofensiva, 32 supostos insurgentes foram detidos, segundo os EUA. Não houve vítimas.
Em outros episódios de violência ontem, homens armados e mascarados mataram um clérigo sunita ao norte de Bagdá -foi o segundo ataque do tipo nos últimos dias. Insurgentes atacaram um comboio americano com uma bomba em Samarra, mas não mataram nenhum militar. Em resposta, os americanos atiraram e mataram um insurgente.


Com agências internacionais


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