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ORIENTE MÉDIO
Reivindicação não é aceita por israelenses
Abbas diz que nunca abdicará do direito de retorno dos refugiados
DA REDAÇÃO
Candidato favorito nas eleições
palestinas de 9 de janeiro, Mahmoud Abbas, também conhecido
como Abu Mazen, afirmou ontem que nunca vai abandonar a
reivindicação pelo direito de retorno dos refugiados palestinos.
O tema foi uma das principais
causas do colapso das negociações de paz de Camp David, em
2000. Israel se recusa terminantemente a negociar o retorno dos
refugiados. O governo do premiê
Ariel Sharon afirma que, com a
volta dos palestinos, a população
árabe cresceria dentro do país, inviabilizando no futuro o caráter
judaico de Israel.
Os israelenses aceitariam, no
máximo, que os refugiados fossem viver em um Estado palestino, mas nunca no que hoje é reconhecido internacionalmente como território de Israel.
"Prometemos que não descansaremos até que o direito de retorno de nosso povo seja alcançado e
a tragédia da diáspora se encerre",
afirmou Abbas, em aparente discurso para o público interno, buscando acalmar as alas mais radicais da sociedade palestina.
O candidato do Fatah, que é
presidente da Organização para a
Libertação da Palestina, disse:
"Nós apoiamos o sonho para o
qual você [Iasser Arafat] viveu". A
declaração foi dada em sessão em
homenagem ao líder palestino,
que morreu no dia 11. Abbas, 69,
foi um dos centenas de milhares
de palestinos que deixaram ou foram forçados a deixar suas terras
quando Israel foi criado, em 1948.
A afirmação de Abbas ocorre
em meio a uma onda de otimismo
diante da possibilidade da retomada das negociações de paz. O
candidato palestino é considerado mais moderado do que Arafat.
Um dia após visita à região, o secretário de Estado dos EUA, Colin
Powell, disse crer que palestinos e
israelenses venham a se mover
mais em direção à paz.
Miséria
Informe do Banco Mundial divulgado ontem indica que 47% da
população palestina vive abaixo
da linha de pobreza -recebem
menos de US$ 2,10 por dia.
Com agências internacionais
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