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EUA reagem rápido e prometem defender o aliado sul-coreano
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
A Casa Branca respondeu
rápido ao ataque entre as Coreias ontem, condenando
Pyongyang fortemente em
nota e exortando o fim "da
ação beligerante" do norte.
"Os EUA estão firmemente
comprometidos com a defesa
do seu aliado (Coreia do Sul)
e com a manutenção da paz."
Em entrevista à rede de televisão ABC, o presidente
americano, Barack Obama,
disse que, por enquanto, não
"considerará" a possibilidade de "ações militares".
Obama afirmou preferir
conversar com o presidente
sul-coreano antes de tomar
qualquer decisão.
A secretária de Estado dos
EUA, Hillary Clinton, o secretário da Defesa, Robert Gates,
o conselheiro de segurança
nacional, Tom Donilon, e o
chefe do Estado-Maior Conjunto, Mike Mullen, teriam
encontro ontem para discutir
a situação.
A reação foi diferente da
brasileira, que condenou ataques, mas não culpou diretamente o norte.
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva afirmou que "a
Coreia do Norte está dizendo
também que foi atacada primeiro", mas que ele terá de
se "informar melhor com o
Itamaraty".
Em nota, o Itamaraty afirmou que se solidariza com as
vítimas e "conclama ambas
as partes a abster-se de medidas que possam agravar ainda mais a tensão e a buscar
uma solução negociada, com
participação da ONU".
Como a agressão ocorreu
duas semanas após cientistas americanos terem sido
convidados a visitar uma nova usina nuclear norte-coreana, o ataque foi encarado nos
EUA como um "aviso".
Irritada com a manutenção de sanções por seu programa nuclear e com necessidade imediata de alimentos,
Pyongyang teria resolvido
mostrar seus dentes.
O Conselho de Segurança
da ONU discutia ontem se
convocaria reunião especial
para discutir o ataque.
Segundo diplomatas afirmaram à Folha, há boas
chances de uma reunião
amanhã, durante o feriado
de Ação de Graças.
Representantes da Coreia
do Norte na ONU se manifestaram contra a possibilidade
da reunião, dizendo que a
discussão deve ser feita entre
Pyongyang e Seul.
Rússia, Japão, Reino Unido, Alemanha, União Europeia e Otan também condenaram o ataque. "Há um perigo colossal que deve ser evitado", disse o chanceler russo, Sergei Lavrov.
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