São Paulo, quarta-feira, 24 de novembro de 2010

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EUA reagem rápido e prometem defender o aliado sul-coreano

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

A Casa Branca respondeu rápido ao ataque entre as Coreias ontem, condenando Pyongyang fortemente em nota e exortando o fim "da ação beligerante" do norte.
"Os EUA estão firmemente comprometidos com a defesa do seu aliado (Coreia do Sul) e com a manutenção da paz."
Em entrevista à rede de televisão ABC, o presidente americano, Barack Obama, disse que, por enquanto, não "considerará" a possibilidade de "ações militares".
Obama afirmou preferir conversar com o presidente sul-coreano antes de tomar qualquer decisão.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, o secretário da Defesa, Robert Gates, o conselheiro de segurança nacional, Tom Donilon, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, Mike Mullen, teriam encontro ontem para discutir a situação.
A reação foi diferente da brasileira, que condenou ataques, mas não culpou diretamente o norte.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "a Coreia do Norte está dizendo também que foi atacada primeiro", mas que ele terá de se "informar melhor com o Itamaraty".
Em nota, o Itamaraty afirmou que se solidariza com as vítimas e "conclama ambas as partes a abster-se de medidas que possam agravar ainda mais a tensão e a buscar uma solução negociada, com participação da ONU".
Como a agressão ocorreu duas semanas após cientistas americanos terem sido convidados a visitar uma nova usina nuclear norte-coreana, o ataque foi encarado nos EUA como um "aviso".
Irritada com a manutenção de sanções por seu programa nuclear e com necessidade imediata de alimentos, Pyongyang teria resolvido mostrar seus dentes.
O Conselho de Segurança da ONU discutia ontem se convocaria reunião especial para discutir o ataque.
Segundo diplomatas afirmaram à Folha, há boas chances de uma reunião amanhã, durante o feriado de Ação de Graças.
Representantes da Coreia do Norte na ONU se manifestaram contra a possibilidade da reunião, dizendo que a discussão deve ser feita entre Pyongyang e Seul.
Rússia, Japão, Reino Unido, Alemanha, União Europeia e Otan também condenaram o ataque. "Há um perigo colossal que deve ser evitado", disse o chanceler russo, Sergei Lavrov.


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