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São Paulo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2003

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Oito palestinos são mortos em ação israelense

DA REDAÇÃO

Uma operação militar israelense em busca de armas na faixa de Gaza deixou oito palestinos mortos e 42 feridos -o pior surto de violência na região em dois meses de relativa calma, no momento em que palestinos e israelenses negociam uma cúpula entre seus premiês.
Na Cisjordânia, 22 membros do grupo terrorista Hamas suspeitos de envolvimento em ataques contra israelenses foram presos.
Segundo testemunhas, 20 tanques israelenses invadiram o campo de refugiados de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito. Sete casas foram destruídas.
Os militares disseram ter enfrentado uma resistência incomum dos palestinos, que tentaram detonar explosivos e atiraram.
Israel acusa os palestinos de cavar túneis para trazer armas para Gaza. Um túnel com 13 metros foi achado.
O chefe do gabinete palestino, Saeb Erekat, criticou a ação: "No momento em que tentamos retomar o processo de paz e preparar uma cúpula entre os dois premiês, oito palestinos são mortos".
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, também protestou. "O secretário-geral reitera que Israel, como potência ocupadora, deve proteger os civis e parar de usar força desproporcional", afirmou seu porta-voz.
No Cairo, o chanceler egípcio, Ahmed Maher, disse que a agressão que ele sofrera na véspera em Jerusalém, ao ser atacado por extremistas palestinos na mesquita de Al Aqsa, não vai dissuadi-lo de buscar o diálogo.
"[A agressão] é uma página virada", afirmou.
Farouk Kaddoumi, líder da Organização para a Libertação da Palestina, viajou ao Cairo para se desculpar.


Com agências internacionais

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