São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004

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CRISE

Oposição rejeita plano de paz e ameaça atacar a capital, Porto Príncipe

Aristide teme um banho de sangue

DA REDAÇÃO

O presidente do Haiti, Jean-Bertrand Aristide, exortou ontem a comunidade internacional a ajudar a evitar um banho de sangue e uma catástrofe humanitária em seu país, enquanto os rebeldes ameaçavam atacar Porto Príncipe (capital) e diplomatas americanos ainda tentavam convencer políticos da oposição a concordar com a assinatura de um acordo de paz.
O apelo de Aristide foi feito poucas horas antes de a Plataforma Democrática, uma coalizão de forças oposicionistas, rejeitar uma proposta de paz apoiada por Washington. Segundo os líderes da oposição, "não há mais clima para a permanência de Aristide na Presidência" do país.
O plano de paz previa que Aristide permanecesse na Presidência, mas com menos poder. Os EUA disseram que continuarão a insistir em sua aprovação por todas as partes envolvidas na crise.
O presidente afirmou que, se os rebeldes, que tomaram a segunda maior cidade do país, Cabo Haitiano, no último domingo, tentassem invadir a capital, o número de mortos seria bastante elevado. Por enquanto, ao menos 70 pessoas morreram nas três semanas da crise política.
"Se aqueles assassinos vierem para Porto Príncipe, poderemos ter milhares de mortos. A presença da comunidade internacional no país é mais do que necessária", declarou Aristide.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, o líder rebelde Guy Philippe e seus homens pretendiam dirigir-se à capital ainda ontem. "Tomar a capital será fácil. Ninguém mais quer defender Aristide", disse Philippe.


Com agências internacionais


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