São Paulo, domingo, 25 de março de 2001

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TERRORISMO

Mais de 90 pessoas ficaram feridas depois da explosão de três bombas em regiões próximas à Tchetchênia

20 morrem em atentados no sul da Rússia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas ontem com a explosão de três bombas em três localidades no sul da Rússia, próximo à República separatista da Tchetchênia.
Um carro explodiu por volta das 10h (4h em Brasília) na cidade de Mineralnye Vody, na região de Stravopol, destruindo um mercado, matando 18 e ferindo 81. Na República vizinha de Kharatchaiev-Tcherkássia, dois policiais morreram quando um carro que inspecionavam explodiu.
Em Yessentuki, também em Stravopol, 12 pessoas ficaram feridas, duas gravemente, quando uma terceira bomba explodiu, perto de um posto policial.
Ninguém assumiu a responsabilidade pelas explosões, mas oficiais russos ligaram os atentados aos tchetchenos. O site dos rebeldes (www.kavkaz.org) apenas reportava os ocorridos.
O presidente russo, Vladimir Putin, convocou chefes de segurança para uma reunião de emergência, na véspera de um encontro com o primeiro-ministro do Japão, Yoshiro Mori, em Irkutsk, Sibéria. Putin enviou o chefe do FSB (serviço de segurança), Nikolai Patrushev, para a região.
Em Mineralnye Vody, corpos mutilados permaneciam caídos sobre poças de sangue, ao lado de sacolas de compras destruídas. Algumas vítimas receberam assistência na rua.
Sergei Ivanov, secretário do Conselho de Segurança, disse que provavelmente rebeldes tchetchenos promoveram os atentados. O enviado pessoal de Putin ao sul da Rússia, Viktor Kazantsev, foi à área para assumir as operações.
A polícia regional pediu ajuda, durante transmissão de TV, de qualquer pessoa que pudesse fornecer informações sobre os carros usados nos três atentados.
Outras bombas já explodiram anteriormente no sul da Rússia. Os atentados são frequentemente relacionados à instabilidade na Tchetchênia.
No dia 15 de março, um grupo que se dizia tchetcheno sequestrou um avião russo, com 174 pessoas, que fazia o trajeto Istambul-Moscou. A aeronave foi desviada para a Arábia Saudita. O sequestro durou 22 horas e terminou com a morte de três pessoas.


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