DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos duas pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas no forte terremoto de 6,4 na escala Richter que atingiu a costa oeste do Japão, às 15h28 de ontem (3h28 em Brasília). O epicentro foi perto da cidade de Hiroshima (690 km a sudoeste de Tóquio).
Segundo oficiais do corpo de bombeiros, uma mulher de 80 anos morreu soterrada quando sua casa desabou. O terremoto também causou a morte de uma senhora de 50 anos, que foi atingida pela queda de uma marquise.
Em Kure, subúrbio de Hiroshima, 20 pessoas ficaram feridas quando o ginásio da Shimizugaoka Senior High School veio abaixo, informou a polícia.
A agência de notícias "Jiji Press" noticiou que houve dois incêndios em Hiroshima em consequência do terremoto e que muitas pessoas ficaram presas em elevadores.
O abalo afetou ainda os transportes japoneses. Funcionários das estradas de ferro disseram que os serviços de trem-bala no oeste do país foram suspensos.
Os habitantes da região temiam que os abalos provocassem maremotos na baía de Hiroshima, mas essa possibilidade foi logo descartada pelos técnicos.
Não há indícios de que o terremoto tenha comprometido a estrutura dos maiores prédios. As duas usinas nucleares que operam na área, nas cidades vizinhas de Ikata e Kashima, também não foram afetadas, de acordo com os seus funcionários.
Por estar em uma região onde os terremotos são frequentes, o Japão protegeu-se nas últimas décadas criando leis rigorosas que regulamentam a construção de edifícios. Por isso o impacto de acidentes desse tipo, hoje, é bastante reduzido.
No entanto terremotos muito intensos e prolongados ainda são um pesadelo para os japoneses. Como o que arrasou a cidade de Kobe em 1995, matando mais de 6.000 pessoas.


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