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Irã nega atuação no Iraque e pede
governo da ONU no país vizinho
DA REDAÇÃO
Em resposta às acusações feitas
nos últimos dias pelos EUA de
que estaria interferindo na política iraquiana, o governo iraniano
negou ontem qualquer envolvimento com recentes protestos antiamericanos no país vizinho. O
Irã afirmou também que as suspeitas sobre o país terminariam se
os americanos transferissem para
a ONU a responsabilidade de formar um governo interino.
"Saudamos a democracia e um
governo apoiado pela população
do Iraque, mas não apoiaremos
um partido específico", disse
chanceler do Irã, Kamal Kharrazi.
A entrevista coletiva foi concedida ao lado do chanceler francês,
Dominique de Villepin, que está
em viagem pelo Oriente Médio.
Ele disse que os xiitas iraquianos são "nossos irmãos religiosos", mas afirmou que o Irã não
os incentivará a chegar ao poder.
Os xiitas dominam o Irã, mas no
Iraque, onde são 60% da população, foram perseguidos pelo ex-ditador Saddam Hussein, da minoria sunita (20%).
Altos funcionários do governo
americano têm acusado o Irã de
estar por trás de manifestações
anti-EUA. Ontem, foi a vez do
próprio presidente George W.
Bush dizer que "espera que o Irã
permita que o Iraque se desenvolva como uma sociedade pacífica e
estável. Temos dito aos iranianos
que é o que esperamos." Bush disse que não planeja atacar o país.
Kharrazi negou as acusações e
pediu que a ONU tivesse um "papel principal" na reconstrução do
Iraque. "Apenas quando um governo da ONU assumir o controle
não haverá mais suspeitas e acusações de outros países", disse.
Em 2002, Bush acusou o Irã, a
Coréia do Norte e o Iraque de formar um "eixo do mal" por tentar
desenvolver armas de destruição
em massa. O Irã nega a acusação.
Com agências internacionais
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