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Israel anuncia ofensiva maciça contra o Hamas na faixa de Gaza
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro de Israel,
Ariel Sharon, anunciou ontem
que "será realizada uma operação
militar israelense maciça na faixa
de Gaza contra o [grupo extremista islâmico] Hamas".
A declaração foi dada em reunião de seu partido, o Likud, no
Knesset (Parlamento de Israel),
enquanto as forças israelenses intensificavam a ofensiva nas cidades palestinas da Cisjordânia,
com cerco ao quartel-general do
presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat.
Na primeira ação da nova operação contra o Hamas, um helicóptero israelense disparou mísseis contra dois carros em Rafah
(Gaza), matando seis palestinos,
sendo quatro deles integrantes do
grupo, e ferindo outros cinco. Entre os mortos está Iasser Rizik, um
dos principais líderes do Hamas,
acusado de envolvimento em
atentado que matou quatro soldados israelenses em janeiro.
Sharon não explicou se a operação será similar à que está acontecendo na Cisjordânia, onde tanques são usados para ocupar militarmente as cidades, com buscas de militantes e armamentos de
casa em casa. Até agora, a faixa de
Gaza tem sido alvo de ataques aéreos, mas em nenhum momento
houve ações terrestres. A região é
o bastião do Hamas.
O líder espiritual do grupo, o xeque Ahmed Yassin, está, segundo
a ANP, em prisão domiciliar na
sua casa na cidade de Gaza. Mas o
xeque, que é tetraplégico e cego,
disse não ter sido informado.
Em comunicado, o Hamas
ameaçou Israel de cometer atentados e advertiu Arafat sobre as
recentes ações contra o grupo.
Em Ramallah (Cisjordânia), o
QG de Arafat continuava cercado,
após a ofensiva iniciada na madrugada de ontem. Barreiras foram erguidas diante dos portões de entrada do complexo e nas
ruas das redondezas. Soldados se
posicionaram ao redor dos escritórios onde está Arafat.
Ao todo, cerca de 20 tanques estavam dentro do QG. O líder palestino foi mantido sob cerco israelenses por várias vezes desde
dezembro, podendo sair de Ramallah em poucas oportunidades. Somente neste mês, tanques já entraram no seu QG por três
vezes.
"Israel, com esses contínuos ataques, está revelando ao mundo
quais são suas reais intensões",
afirmou Arafat. Além de Ramallah, Israel mantém operações em
outras seis cidades palestinas da
Cisjordânia, onde toda a população está sob toque de recolher.
Com agências internacionais
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