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EPIDEMIA
Capital chinesa era a única cidade no mundo onde ainda havia alerta contra viagens; Grécia tem caso provável
OMS declara Pequim livre de surto da Sars
DA REDAÇÃO
Após 63 dias, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) suspendeu ontem seu alerta contra viagens não-essenciais a Pequim. A
capital chinesa era o único lugar
do mundo que ainda estava com
esse tipo de recomendação em
decorrência da epidemia de Sars
(síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês).
Desde novembro, quando surgiu o primeiro caso, até ontem, a
Sars infectou 8.458 pessoas em todo o mundo, com 807 mortes, segundo a OMS. A região de Pequim foi a que registrou mais
mortes pela doença -foram 191
casos.
O último caso da doença em Pequim foi registrado no dia 29 de
maio. No auge do surto epidêmico, durante a segunda metade do
mês de abril, a cidade contava em
média cem casos por dia.
Otimismo e precaução
Por estar sem um novo caso há
mais de 20 dias, Pequim também
foi retirada de locais onde houve
transmissão recente. Ainda estão
nessa lista Taiwan e Toronto, no
Canadá.
"Hoje é um marco na luta contra a Sars não apenas na China
mas em todo o mundo", disse
Shigeru Omi, diretor regional da
OMS, durante entrevista coletiva
em Pequim.
A notícia foi bastante comemorada pelo governo chinês. Durante o surto epidêmico, o país amargou grandes prejuízos econômicos, principalmente no setor turístico. As companhias aéreas chinesas, por exemplo, registraram
uma queda de 83% no número de
passageiros, em maio.
Anteontem, Hong Kong conseguiu sair da lista das áreas infectadas pela Sars. A recomendação
contra viagens não-essenciais à
ex-colônia britânica já havia sido
suspensa no final de maio.
O Ministério da Saúde chinês,
no entanto, pediu que a população "não baixasse a guarda".
O medo de Pequim é que se repita o ocorrido em Toronto, onde
houve um ressurgimento do foco
epidêmico no final de maio, após
a cidade ter sido declarada pela
OMS livre da doença. O segundo
foco ressurgiu quando a cidade
estava sem nenhum caso havia
mais de um mês.
Alerta na Grécia
Um comerciante chinês foi hospitalizado ontem no norte da Grécia depois que testes preliminares
diagnosticaram Sars. Segundo o
ministro da Saúde grego, Costas
Stephanis, o caso é "verdadeiramente suspeito".
O ministro informou que o chinês, cuja identidade não foi revelada, chegou à Grécia após ter visitado três países europeus: Alemanha, Áustria e Itália.
Para que o caso seja confirmado, ainda é necessária a realização
de dois testes. A ratificação só
ocorre se ambos tiverem resultado positivo.
Com agências internacionais
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