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Queda de Saddam
é aprovada pela
maioria em Bagdá
PATRICK E. TYLER
DO "NEW YORK TIMES", EM BAGDÁ
Após a derrubada de Saddam Hussein e quase cinco
meses de ocupação militar
estrangeira, quase dois terços dos habitantes de Bagdá
dizem acreditar que a remoção do ditador iraquiano
justifica os sofrimentos que
eles vêm sendo obrigados a
suportar. A revelação é fruto
de uma pesquisa Gallup que
acaba de ser divulgada.
Apesar do colapso do governo e das instituições civis,
da onda de violência e da falta de água e eletricidade,
67% de 1.178 iraquianos entrevistados disseram esperar
que dentro de cinco anos sua
vida esteja melhor do que
antes da invasão. Apenas 8%
disseram esperar dias piores.
A pesquisa foi conduzida
por meio de entrevistas realizadas entre 28 de agosto e 4
de setembro, em Bagdá.
Os resultados, com margem de erro de três pontos
percentuais para mais ou para menos, mostram que os
iraquianos da capital ainda
conservam muito ceticismo
quanto às motivações dos
EUA e do Reino Unido.
Dos entrevistados, 42%
têm opinião favorável sobre
o presidente francês, Jacques
Chirac, contra 29% do presidente dos EUA, George W.
Bush, e 20% do premiê britânico, Tony Blair.
Os resultados da pesquisa
também indicam que os moradores de Bagdá se dividem
sobre o trabalho da autoridade de ocupação, chefiada
por Paul Bremer: 28%
acham que está fazendo um
bom trabalho, contra 25%
que pensam o contrário.
Mas metade dos entrevistados disse que o trabalho da
autoridade de ocupação melhorou, e a visão que eles expressam sobre Bremer é positiva: 47% têm opinião positiva, e 22%, negativa.
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