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IRAQUE OCUPADO
Em Nova York, presidente dos EUA e chanceler da Alemanha fazem esforço para reaproximar os dois países
Bush e Schröder dizem ter superado crise
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, e o chanceler (premiê)
da Alemanha, Gerhard Schröder,
disseram ontem que tinham concordado em pôr de lado suas diferenças relacionadas ao Iraque e
em trabalhar em conjunto para levar estabilidade ao país.
Os dois líderes buscaram pôr
fim às divergências que os opunham havia mais de um ano numa reunião em Nova York. Anteontem, Bush discursou na Assembléia Geral da ONU. Schröder
fez seu discurso ontem. Para diplomatas dos EUA, a intenção de
Schröder de permitir que a Alemanha colabore com as ações dos
EUA ajudou na reaproximação.
Em setembro passado, quando
buscava reeleger-se na Alemanha,
Schröder criticou duramente a intenção de Bush de atacar o Iraque
-do ex-ditador Saddam Hussein. Ele chegou até a dizer que,
sob seu comando, a Alemanha
não participaria da guerra. Segundo analistas alemães, sua atitude
contribuiu para sua reeleição.
No primeiro encontro formal
entre os dois em mais de um ano,
Schröder afirmou que a Alemanha ajudará os EUA "com os recursos que tiver" e reiterou que
seu país está disposto a treinar policiais iraquianos. Mas ele não disse que enviaria tropas ao Iraque.
Em agosto, Schröder deu a entender que não enviaria soldados
ao Iraque. E a Alemanha atravessa
um período de dificuldades econômicas, não podendo comprometer-se a fornecer muito dinheiro aos responsáveis pelos esforços
de reconstrução. Os alemães poderão ser punidos pelo Banco
Central Europeu por não conseguir manter seu déficit público
abaixo de 3% neste ano fiscal.
"Ainda há análises diferentes
dos dois lados, mas concordamos
em transferir certo poder aos iraquianos e em que o cronograma
tem de ser razoável", disse Schröder após encontrar-se com Bush.
Em seu discurso na Assembléia
Geral, o chanceler alemão também pareceu empregar um tom
bem mais conciliador que nos últimos meses, insistindo na necessidade de entregar o poder político aos iraquianos, mas admitindo
que a situação é delicada e que os
EUA precisam de ajuda.
Mas um alto funcionário do governo dos EUA disse que Washington não pretende abrir mão
de muito poder no Iraque. Para
ele, a transferência de poder tem
de ser feita gradualmente para
permitir a adoção de uma Constituição e a realização de eleições.
Com agências internacionais
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