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INTERNET
Para analistas e concorrência, medida é mercadológica
Microsoft decide fechar "chats" e alega defesa contra pedofilia
DA REDAÇÃO
A Microsoft anunciou ontem
que fechará as suas salas de bate-papo na internet ("chats") em 28
países. A decisão, segundo a empresa, visa impedir que crianças
fiquem sujeitas a contato com pedófilos e à exploração sexual. A
medida entra em vigor a partir de
14 de outubro.
Analistas e concorrentes da Microsoft nesse segmento afirmaram ontem que a medida da empresa americana teria fins mercadológicos e que não haverá impacto no uso das salas de bate-papo. A Microsoft tem um desempenho fraco nesse setor e estaria
disposta a focar produtos de
maior sucesso, como os de envio
de mensagens instantâneas e de e-mail.
Nos países onde a Microsoft decidiu não fechar as salas, o uso delas será mais restrito. Em alguns, o
acesso será permitido apenas a assinantes. Os EUA, o Canadá e o
Japão se encaixam nesse grupo.
Em outros, como o Brasil, haverá um monitoramento 24 horas
das salas de bate-papo. As salas
criadas por usuários serão encerradas. Permanecerão apenas as
do próprio MSN (site da Microsoft onde se localizam as salas de
bate-papo da empresa). Novas salas podem ser criadas.
Levantamento do IbopeRatings
indica que a participação da MSN
no segmento das salas de bate-papo, em residências, no mundo é
baixa. No Brasil, está em 2,04%.
Nos EUA, em 1,17%.
"A Microsoft tem preocupações
sociais. Mas acredito que essa medida tenha sido mercadológica.
As salas de bate-papo não atraem
muito dinheiro [para a empresa]", disse Michal Halama, analista da empresa de pesquisas de informática Gatner. Empresas concorrentes, como a AOL e o Yahoo,
consideradas gigantes internacionais no segmento de salas de bate-papo, disseram que a decisão da
Microsoft não as afetará.
A AOL já havia fechado as salas
de bate-papo no início do ano.
"O que a MSN está fazendo levará seus usuários a utilizarem
outras salas de bate-papo. Ninguém vai parar de usar as salas.
Nós sabemos dos problemas envolvendo as salas e eles não se resolvem com o fechamento delas",
disse um porta-voz da Freeserve,
um dos principais concorrentes
do MSN no Reino Unido.
Algumas empresas de segurança da internet, como a NSPCC e a
NCH, elogiaram a decisão da Microsoft.
Com agências internacionais
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