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MULTIMÍDIA
El Universal - da Cidade do México
Campanha pacifista "distorce" causa
Em editorial publicado
ontem, o jornal criticou as campanhas pela assinatura de um
acordo de paz entre o governo e o
EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) no país.
Depois de apresentar dados estatísticos que indicam as condições precárias em que vivem os
cerca de 10 milhões de indígenas
mexicanos, o diário diz que "a pobreza em Chiapas é tal que nos
perguntamos por que não pegaram em armas antes".
Para o jornal, as campanhas pela paz "distorcem" o sentido da
marcha zapatista. "Por mais que
desejemos viver em paz, é mais
forte o dever e a responsabilidade
de viver com dignidade."
O diário afirma ainda que "a
campanha monumental que o governo, a televisão e algumas megaempresas conduzem para exigir a paz aos zapatistas é uma forma de escamotear, mais uma vez,
a obrigação histórica que a sociedade mexicana tem para com os
povos indígenas".
Segundo o jornal, pode-se estar
"de acordo ou em desacordo com
o EZLN", mas os motivos de sua
luta "estão mais do que explicados" pela miséria. "A verdadeira
maneira de desarmá-los, ou seja,
de alcançar a paz, é resolver a injustiça social que está na base de
seu levante."
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