São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2001

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MULTIMÍDIA

El Universal - da Cidade do México

Campanha pacifista "distorce" causa

Em editorial publicado ontem, o jornal criticou as campanhas pela assinatura de um acordo de paz entre o governo e o EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) no país.
Depois de apresentar dados estatísticos que indicam as condições precárias em que vivem os cerca de 10 milhões de indígenas mexicanos, o diário diz que "a pobreza em Chiapas é tal que nos perguntamos por que não pegaram em armas antes".
Para o jornal, as campanhas pela paz "distorcem" o sentido da marcha zapatista. "Por mais que desejemos viver em paz, é mais forte o dever e a responsabilidade de viver com dignidade."
O diário afirma ainda que "a campanha monumental que o governo, a televisão e algumas megaempresas conduzem para exigir a paz aos zapatistas é uma forma de escamotear, mais uma vez, a obrigação histórica que a sociedade mexicana tem para com os povos indígenas".
Segundo o jornal, pode-se estar "de acordo ou em desacordo com o EZLN", mas os motivos de sua luta "estão mais do que explicados" pela miséria. "A verdadeira maneira de desarmá-los, ou seja, de alcançar a paz, é resolver a injustiça social que está na base de seu levante."


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