de Paris

As invenções de Jacques Cousteau tiveram papel decisivo para o desenvolvimento da pesquisa oceanográfica. A mais famosa é o aqualung, ou escafandro autônomo, de 1943, aparelho que permitiu o desenvolvimento do mergulho de profundidade.
Cousteau também foi o responsável por ter tornado a visão do fundo do mar mais colorida: cabe a ele o desenvolvimento da câmera submarina capaz de captar imagens em cores.
Formado por duas "garrafas" metálicas com ar comprimido, nas costas do mergulhador e ligados à boca dele por meio de tubos, o aqualung ainda é usado.
A principal vantagem atribuída ao aqualung é a autonomia dada ao mergulhador, tanto em termos de liberdade de movimentos quanto de permanência no mar.
Foi graças a ele que o próprio Cousteau pôde, nos final dos anos 50, fazer mergulhos que chegaram aos 400 metros de profundidade.
A autonomia garantida pelo aqualung também permitiu que Cousteau desenvolvesse suas pesquisas sobre as longas permanências em baixo da água. Ele imaginava que os homens poderiam viver, no futuro, em colônias submarinas. Isso seria viabilizado pelas técnicas de mergulho de longa duração e equipamentos para a vida no fundo do mar.
Uma equipe de pesquisadores ligados a Cousteau passou, em 1962, 24 horas dentro de uma câmara cilíndrica dentro do mar, na costa sul da França, como parte da experiência Précontinent 1.
Em 1968, o Centro Nacional para a Exploração dos Oceanos e o Instituto Francês do Petróleo lançaram o projeto do Argyronète, um submarino de pequenas dimensões concebido por Cousteau.
Dividido em duas câmaras, o submarino teria capacidade para 12 pessoas, seis em cada uma delas.
Apesar de ter sido recebido com entusiasmo, a idéia do submarino foi abandonada pela falta de uma fonte de energia capaz de alimentá-lo. O projeto que chegou a ser desenvolvido parcialmente até 1971, tinha um custo estimado em US$ 9 milhões.
Ele foi retomado no final dos anos 80 sob o nome de "Saga", sigla para submarino de assistência de grande autonomia, e chegou a ser testado. (MA)



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