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Produção de papoula volta a crescer
DA REDAÇÃO
A presença militar americana
no Afeganistão não impediu que
o país passasse a figurar, no ano
passado, como o principal produtor mundial de papoula, a planta
utilizada para a fabricação de drogas como o ópio e a heroína.
Segundo o relatório anual da
ONU sobre drogas ilícitas, divulgado ontem, a área destinada à
produção de papoula no Afeganistão chegou a 74 mil hectares no
ano passado, após ter caído de
82,2 mil para 7.600 hectares, entre
2000 e 2001.
Os EUA invadiram o Afeganistão em outubro de 2001, com o
objetivo de caçar os membros do
grupo extremista islâmico Taleban, que administrava o país, e da
rede terrorista Al Qaeda, que assumiu a autoria dos atentados de
11 de setembro de 2001 contra os
EUA. Cerca de 8.000 militares
americanos, e outros 3.500 de outras nacionalidades, permanecem
em solo afegão. Os EUA acusavam o Taleban e a Al Qaeda de se
financiar com a venda da droga
produzida no Afeganistão.
A principal razão para a redução nas plantações verificada em
2001 teria sido uma estratégia do
Taleban. Com um alto estoque de
ópio, o regime teria ordenado a
suspensão dos plantios para pressionar por um aumento nos preços internacionais da droga. No
ano passado, sem o controle imposto pelo Taleban, os camponeses voltaram a cultivar a papoula.
Com o crescimento do ano passado, o Afeganistão desbancou
Mianmar como o principal produtor mundial da droga.
Colômbia e México
Na América Latina, houve uma
redução, nos últimos anos, nas
plantações de papoula no México
e na Colômbia, onde a produção
foi iniciada, nos anos 90, para
abastecer principalmente o mercado norte-americano.
Na Colômbia, a área de plantio
caiu de 7.400 hectares, em 1998,
para 4.200 hectares no ano passado. No México, a redução, no
mesmo período, foi de 5.500 hectares para 2.700 hectares.
Com o aumento na produção
no Afeganistão, o potencial de
produção mundial de heroína subiu para 450 toneladas, no ano
passado, após ter caído de 469 toneladas para 160 toneladas, entre
2000 e 2001.
De acordo com o relatório das
Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas usaram ópio ou
heroína no mundo no período
2000-2001.
(RW)
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