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Plantio de coca cai pelo 2º ano seguido na Colômbia
DA REDAÇÃO
A produção de coca na Colômbia caiu em 2002 pelo segundo
ano consecutivo, segundo o relatório da ONU sobre drogas ilícitas
divulgado ontem. A área de plantio teria caído 30%, de 145 mil
hectares, em novembro de 2001,
para 102 mil, em dezembro do
ano passado.
A Colômbia permanece como o
principal produtor mundial de
coca (matéria-prima para a fabricação da cocaína), com 72% do
total. Os demais produtores são
Peru (20% do total) e Bolívia
(8%). A produção no Peru aumentou pouco menos de 1% no
ano passado, enquanto a produção na Bolívia teve um incremento de 23%.
A área total de cultivo de coca
no mundo caiu 18% no ano passado, com um total de 173,1 mil hectares cultivados -a menor área
total de cultivo desde 1987.
Apesar disso, o potencial mundial de produção de cocaína caiu
apenas 3,3% no último ano, graças ao aumento na produtividade
das plantações. A produção potencial de cocaína é hoje mais de
50% maior que a de 1987.
Os dados do relatório da ONU
mostram ainda uma queda no
preço da pasta de coca no mercado mundial, o que indica que a
queda na produção não afetou a
oferta da droga.
A ONU estima em US$ 667 milhões o valor potencial de toda a
cocaína produzida nos três países
andinos. O tráfico de cocaína é
apontado como o principal motor
da guerra civil colombiana, que já
dura mais de quatro décadas. O
dinheiro do tráfico financia as
guerrilhas de esquerda e os paramilitares de direita.
De acordo com o relatório da
ONU, 14,1 milhões de pessoas
usaram cocaína no mundo no período 2000-2001. Os problemas de
saúde pública relacionados ao
abuso da droga atingem principalmente as Américas, onde o
produto chega com mais facilidade e a preços mais baixos que nos
demais continentes.
Os EUA permanecem como os
principais consumidores mundiais de cocaína, mas o consumo
no país vem caindo. Pesquisas locais mostram que o uso da cocaína em 2002 foi 15% menor que em
1998 e cerca de 60% menor que
em 1985. Os EUA são o principal
financiador do Plano Colômbia
de combate ao narcotráfico, para
o qual já destinaram mais de US$
2 bilhões.
(RW)
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