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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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Plantio de coca cai pelo 2º ano seguido na Colômbia

DA REDAÇÃO

A produção de coca na Colômbia caiu em 2002 pelo segundo ano consecutivo, segundo o relatório da ONU sobre drogas ilícitas divulgado ontem. A área de plantio teria caído 30%, de 145 mil hectares, em novembro de 2001, para 102 mil, em dezembro do ano passado.
A Colômbia permanece como o principal produtor mundial de coca (matéria-prima para a fabricação da cocaína), com 72% do total. Os demais produtores são Peru (20% do total) e Bolívia (8%). A produção no Peru aumentou pouco menos de 1% no ano passado, enquanto a produção na Bolívia teve um incremento de 23%.
A área total de cultivo de coca no mundo caiu 18% no ano passado, com um total de 173,1 mil hectares cultivados -a menor área total de cultivo desde 1987.
Apesar disso, o potencial mundial de produção de cocaína caiu apenas 3,3% no último ano, graças ao aumento na produtividade das plantações. A produção potencial de cocaína é hoje mais de 50% maior que a de 1987.
Os dados do relatório da ONU mostram ainda uma queda no preço da pasta de coca no mercado mundial, o que indica que a queda na produção não afetou a oferta da droga.
A ONU estima em US$ 667 milhões o valor potencial de toda a cocaína produzida nos três países andinos. O tráfico de cocaína é apontado como o principal motor da guerra civil colombiana, que já dura mais de quatro décadas. O dinheiro do tráfico financia as guerrilhas de esquerda e os paramilitares de direita.
De acordo com o relatório da ONU, 14,1 milhões de pessoas usaram cocaína no mundo no período 2000-2001. Os problemas de saúde pública relacionados ao abuso da droga atingem principalmente as Américas, onde o produto chega com mais facilidade e a preços mais baixos que nos demais continentes.
Os EUA permanecem como os principais consumidores mundiais de cocaína, mas o consumo no país vem caindo. Pesquisas locais mostram que o uso da cocaína em 2002 foi 15% menor que em 1998 e cerca de 60% menor que em 1985. Os EUA são o principal financiador do Plano Colômbia de combate ao narcotráfico, para o qual já destinaram mais de US$ 2 bilhões. (RW)


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