|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pesquisa mostra população otimista
das agências internacionais
Enquanto convive com uma taxa de desemprego de cerca de
11,9% e uma inflação acumulada
de cerca de 10% durante os primeiros seis meses do ano, a Venezuela deposita suas esperanças de
virar o jogo econômico na nova
Assembléia Constituinte.
Segundo uma pesquisa do instituto Datanálisis, cerca de 60% da
população espera que a constituinte resolva os problemas de
desemprego.
Chávez, cujos índices de popularidade se mantêm altos -cerca
de 73% de aprovação popular
após cinco meses de governo-
mesmo com a economia claudicante e o aumento do desemprego, incentiva esse tipo de esperança, afirmando que a nova constituinte reformará os Poderes, que
são controlados tradicionalmente
por partidos acusados por ele de
corrupção.
Para Luis Vicente León, diretor
do Datanálisis, as expectativas da
população em relação a melhorias sociais e econômicas são muito exageradas. "Muitos problemas não podem ser resolvidos no
curto prazo."
Cerca de 40% da população está
a favor da iniciativa de Chávez de
mudar a Constituição, reformar o
Estado e reestruturar o Poder Judiciário. As pessoas também esperam que, com essas medidas, o
presidente tire o país da crise.
Economia
Apesar de a Venezuela ser o terceiro maior exportador mundial
de petróleo (produz em média 2,7
milhões de barris por dia), a recessão faz parte do cotidiano da
maioria de seus 23,4 milhões de
habitantes. O país, que conta com
8,8 milhões de trabalhadores, deve enfrentar até o fim do ano um
déficit público de cerca de US$ 8
milhões.
Um dos maiores desafios de
Chávez será o de aumentar a renda per capita, de US$ 2.993 (dado
de 1996), e as reservas internacionais, que hoje chegam a US$ 14,3
milhões, garantindo a base para a
retomada econômica e conquistando a fidelidade de pessoas como o desempregado Andrés Rueda, 44.
"Esperamos que haja emprego,
dinheiro, saúde e educação", disse ele pouco antes de votar, repetindo um discurso feito várias vezes nos locais de votação.
Texto Anterior: Venezuela: Chávez reitera poder da Constituinte Próximo Texto: Colômbia: EUA descartam intervir na Colômbia Índice
|