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ÁSIA
Agência da ONU diz que país enviou combustível a reator nuclear capaz de produzir plutônio para ser usado em armas atômicas
Coréia do Norte reativa central nuclear
DA REDAÇÃO
A Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA) da ONU
disse ontem que a Coréia do Norte está enviando combustível novo a um reator nuclear que produz plutônio que pode ser usado
em ogivas nucleares.
"Constatamos ontem [anteontem" que eles estavam enviando
combustível ao reator de Yongbyon", disse Mark Gwozdecky,
porta-voz da agência.
Ele acrescentou que o isolado
país comunista havia rompido a
maioria dos selos e equipamentos
de monitoramento da ONU em
suas centrais nucleares, instalados
para fazer cumprir acordo de 1994
com os EUA que congelava o programa nuclear norte-coereano
em troca de fornecimento de
combustível ao país.
O acordo, firmado no governo
de Bill Clinton, foi rompido após
o governo norte-coreano anunciar, em outubro passado, que tinha um programa nuclear secreto, descumprindo o acertado.
Para estudar formas de resolver
a situação, o presidente dos EUA,
George W. Bush, está mandando
um enviado especial à Coréia do
Sul em janeiro para dialogar com
representantes do atual governo e
do presidente eleito, Roh Moo-hyun.
Roh exortou a Rússia, a China e
o Japão a ajudarem a Coréia do
Sul a encontrar uma solução pacífica para o atual conflito com a
Coréia do Norte em relação ao
programa nuclear do vizinho comunista.
A Coréia do Norte já teria material suficiente para fazer bombas
atômicas em meses, segundo especialistas. O empobrecido país
diz que precisa do programa nuclear para produzir combustível.
A Rússia, um dos poucos países
a manter boas relações com a Coréia do Norte, disse ontem que estava "muito preocupada" com a
crise na península coreana e pediu à Coréia do Norte que coopere
com a AIEA. Moscou pediu ainda
que a crise seja resolvida de forma
pacífica.
Diante da retomada do programa nuclear norte-coreano, os
EUA disseram nesta semana que
poderiam lutar duas guerras ao
mesmo tempo: no Iraque e na península coreana. O regime comunista respondeu que os EUA estavam empurrando a região para a
guerra e que seria capaz de derrotar qualquer inimigo.
Bush colocou a Coréia do Norte
no que chamou de "eixo do mal",
junto ao Irã e ao Iraque, acusando
os três países de produzir e exportar armas de destruição em massa
e dar apoio a grupos terroristas.
Com agências internacionais
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