São Paulo, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004 |
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ORIENTE MÉDIO Ato palestino era contra barreira; soldado israelense morre em ataque Israel mata dois durante protesto
DA REDAÇÃO Dois palestinos foram mortos por soldados de Israel durante protesto contra a construção da barreira israelense na vila de Bidou (Cisjordânia), nos arredores de Jerusalém. Ao menos 42 manifestantes ficaram feridos. Na faixa de Gaza, dois atiradores do grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah (facção política de Iasser Arafat), mataram um militar israelense na passagem fronteiriça de Erez. Em seguida, os dois foram mortos a tiros por soldados. A manifestação em Bidou começou após a chegada de escavadeiras e tratores israelenses que destruíram plantações para dar início à construção de mais um trecho da barreira que está sendo erguida por Israel para separar o país da Cisjordânia. Centenas de palestinos atiraram pedras nos israelenses. Em resposta, Israel afirma que utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter o protesto. Mas testemunhas dizem que foi usada munição real. Os manifestantes disseram ontem que a barreira afetará a economia da vila. Segundo eles, muitos fazendeiros ficarão separados de suas plantações. A Corte Internacional de Haia (Holanda) encerrou ontem os três dias de audiência para analisar a legalidade da barreira. Uma posição sobre o tema será divulgada nos próximos meses. Israel, que não enviou representantes, diz que a barreira visa impedir a entrada de terroristas no país. O premiê palestino, Ahmed Korei, exigiu ontem que Israel devolvesse o dinheiro (entre US$ 6,7 milhões e US$ 8,9 milhões) que foi retirado anteontem de quatro agências bancárias em Ramallah e que, segundo o país, seria destinado a atividades terroristas. Com agências internacionais Texto Anterior: Proliferação: Coréia do Norte faz jogo de cena com o fim de programa nuclear Próximo Texto: Bálcãs: Acidente mata presidente da Macedônia Índice |
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