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DIREITOS HUMANOS
País é criticado em relatório
EUA vêem retrocesso político na China
MARCELO DIEGO
de Nova York
A China recuou em programas
recentes de reforma política e continua praticando violação de direitos humanos. Essa é uma das principais conclusões do relatório
anual divulgado ontem pelo Departamento de Estado dos EUA.
A República Popular da China,
que tem a maior população do planeta (1,2 bilhão de habitantes), é
comunista. Seu governo, apesar de
sinalizar avanços na abertura política e econômica, continua a promover a censura e a violar direitos
civis, diz o relatório.
O governo chinês começou a
adotar, em novembro, novas regulamentações para censurar a Internet, a indústria de publicações e diversas organizações sociais. Também foram fechados jornais.
Segundo o relatório, mortes, tortura de prisioneiros e confissões
forçadas seriam práticas comuns
no país. O documento diz que as
minorias religiosas sofrem perseguição das autoridades.
O relatório foi divulgado um dia
depois de o Senado dos EUA aprovar uma resolução a ser enviada à
ONU (Organização das Nações
Unidas), na próxima reunião da
Comissão dos Direitos Humanos,
condenando a política chinesa.
No campo diplomático, o relatório pode causar embaraço à secretária de Estado Madeleine Albright. Ela está viajando à China
para estreitar as relações comerciais entre os dois países e para
acertar detalhes da viagem do premiê Zhu Rongi aos EUA, em maio.
A Sérvia foi criticada por apoiar a
matança de civis na Província de
Kosovo. Cuba é acusada de suprimir qualquer tipo de divergência
política. Os governos de Turquia,
Síria e Iraque foram citados por
violarem os direitos humanos.
Ontem, o presidente dos EUA,
Bill Clinton, tentou resolver outro
incidente diplomático. Ele desautorizou a crítica feita por republicanos (oposicionistas) de que o
México não vinha cumprindo satisfatoriamente um programa de
redução do tráfico de drogas.
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