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Caso de reféns britânicos continua na estaca zero
Irã não revela o paradeiro e ameaça processá-los
DA REDAÇÃO
Não havia ontem perspectiva
de desfecho para a crise aberta
na sexta-feira pelo Irã, ao capturar 15 marinheiros britânicos
nas águas do golfo Pérsico.
O embaixador iraniano em
Londres, Rasoul Movahedian,
foi convocado pela terceira vez
pela Chancelaria, que insistiu
para que os militares sejam libertados.
Em Teerã, o embaixador britânico, Geoffrey Adams, foi recebido pelo vice-chefe da diplomacia iraniana, Ebrahim Rahimpour. Não conseguiu ter
acesso aos 15 militares. O diplomata iraniano lhe disse que o
grupo estava sendo bem tratado, mas não revelou o local em
que era mantido.
O jornal francês "Le Monde"
diz que Londres teme que o Irã
prolongue indefinidamente o
episódio, na tentativa de transformar os marinheiros em
moeda de troca para seus inúmeros litígios com o Ocidente.
Um assessor do primeiro-ministro Tony Blair disse à Reuters que o episódio será tratado
sem associá-lo, por exemplo, às
novas sanções que o Conselho
de Segurança votou sábado
contra o regime islâmico.
A chefe da diplomacia britânica, Margaret Beckett, disse
ontem em Ancara, na Turquia,
que seu governo continuava
dialogando com os iranianos
para descobrir o paradeiro dos
capturados. O Ministério da
Defesa britânico reiterou estar
"categoricamente seguro" de
que na sexta-feira os botes dos
militares não haviam invadido
águas territoriais iranianas.
O vice-ministro iraniano do
Exterior, Mehzi Mostafavi, disse que os marinheiros "seriam
julgados". Mas negou que seu
país pretenda trocá-los por diplomatas iranianos capturados
pelos americanos no Iraque.
China e Rússia
Os dois maiores aliados do
Irã no Conselho de Segurança,
a Rússia e a China, fizeram ontem publicamente um apelo
para que o regime islâmico se
enquadre nas decisões da ONU
e interrompa o enriquecimento de urânio.
O apelo partiu dos presidentes Vladimir Putin e Hu Jintao,
em comunicado conjunto depois de se reunirem em Moscou. Ambos recomendaram aos
iranianos moderação.
Com agências internacionais
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