DE BUENOS AIRES

Um dos três candidatos do Partido Justicialista (peronista), o advogado Carlos Menem, 72, busca seu terceiro mandato após ter governado a Argentina entre 1989 e 1999. Embora apareça como um dos líderes nas pesquisas de intenção de voto no primeiro turno, o candidato da Aliança Frente para a Lealdade tem o maior índice de rejeição -seu governo é associado ao sucesso econômico tanto quanto é lembrado como uma época de corrupção generalizada.
Menem quer fazer uma "Presidência histórica". Com um programa baseado em reformas econômicas liberais que, segundo ele, restaurarão a confiança dos investidores, é um dos candidatos preferidos nos meios financeiros.
Promete negociar a dívida argentina o mais rápido possível, sem exigir o abatimento do valor dos títulos. Segundo sua equipe, essa posição restaurará a confiança dos investidores no país -o sinal necessário, diz Menem, para que os argentinos voltem a investir os cerca de US$ 30 bilhões que hoje estão guardados em cofres particulares ou no exterior.
Comparando-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou, na última semana, um programa similar ao Fome Zero e promete, como Lula, autorizar o uso das Forças Armadas para exercer a segurança interna. Menem responde por várias denúncias de corrupção, mas diz que todas seriam parte de uma campanha difamatória. (MB)


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