São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice FURANDO O CERCO Chanceler francês ignora boicote de Israel Villepin vê Arafat; Jihad condena plano Osama Silwadi/Reuters Arafat e Villepin caminham após encontro em Ramallah DA REDAÇÃO O chanceler da França, Domenique de Villepin, se reuniu com o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, ontem, no QG semidestruído do líder palestino em Ramallah (Cisjordânia). O chanceler foi a autoridade mais importante a se encontrar com Arafat desde que Israel ameaçou, na semana passada, boicotar as pessoas que se reunissem com o histórico líder palestino. Caso fizessem isso, nenhuma autoridade israelense as receberia para o encontro. Na reunião com Arafat, o ministro francês disse que palestinos e israelenses precisam implementar o "roteiro para a paz", plano proposto pelo chamado Quarteto (EUA União Européia, ONU e Rússia). O chanceler pediu aos palestinos que combatam o terrorismo. Para Israel, pediu que encerre as operações militares nos territórios palestinos e que congele a construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia. Além de se reunir com Arafat -que é mantido isolado em seu QG por Israel-, Villepin se encontrou também com o premiê palestino, Abu Mazen. No domingo, Villepin se reuniu com o chanceler de Israel, Silvan Shalom. Autoridades israelenses afirmaram que houve acordo para a reunião porque o encontro entre o chanceler francês e Arafat já estava marcado antes da decisão de boicote. Porém o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, se recusou a encontrar Villepin. Não foi explicado o motivo da recusa. Israel não considera Arafat um parceiro para as negociações de paz. Segundo Israel, o líder palestino não combateu o terrorismo e teria, até mesmo estimulado ataques. Arafat nega. O grupo terrorista Jihad Islâmico se declarou ontem contrário ao novo plano de paz, chamado de "complô" israelo-americano para encerrar a Intifada. Com agências internacionais Texto Anterior: Processo de paz: Bush deve visitar Oriente Médio em junho Próximo Texto: Lei européia: UE publica seu projeto de Constituição Índice

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